Em uma vila misteriosa, seis pessoas acordam sem memória, cada um em uma casa diferente. Em cada residência, há uma caixa trancada e um bilhete que diz que, para descobrir quem são, é preciso reunir as seis chaves para abrir o recipiente e recuperar as memórias. O problema é que apenas um deles poderá descobrir quem é.
Durante a leitura de Pá de Cal, foi difícil não relacionar elementos da história com livros como Jogos Vorazes, Divergente e Ser feliz e também com o filme Brilho eterno de uma mente sem lembranças. E o resultado desta combinação foi uma trama original e que permitiu que Gustavo Ávila abordasse, mais uma vez, a ambição sem limites e a megalomania, que parecem cada vez mais intrínsecas ao ser humano e potencialmente perigosas.
Por ser uma short story, é natural que Pá de Cal tenha ritmo acelerado e que tudo aconteça muito rápido. No entanto, acho que o autor dispunha de material para estender um pouco mais a história, mantendo-a uma short story, mas também tornando-a ainda mais envolvente, atrativa e complexa.
Como O Sorriso da Hiena, thriller de estreia de Gustavo Ávila, Pá de Cal conta com o teor doentio e a discussão moral (e infinita) sobre o que é permitido fazer em prol de um bem teoricamente maior. Afinal, tudo tem um lado bom e outro ruim e a escolha nunca é fácil – muitas vezes, aliás, é impossível.
Título original: Pá de Cal
Autor: Gustavo Ávila
Publicação original: 2015
Poxa, tenho escutado falar MUITO desse autor no Instagram. Li sobre este “livro” dele há pouco tempo e fiquei com bastante vontade de ler.
Gostei bastante de O Sorriso da Hiena e Pá de Cal não deixou a desejar. É o que disse na resenha… Poderia até ter desenvolvido um pouco mais, mas ok!
Se ler algo dele, me conta!
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