Jack e Mabel nunca conseguiram realizar o desejo de ter um filho e, para evitar mais sofrimento, se isolam no Alasca. No entanto, a falta de um herdeiro afeta também a dinâmica dos dois, que a cada dia se afastam mais um do outro: ele se perdendo no trabalho árduo da fazenda e ela, se afogando em solidão e tristeza. Certo dia, em um raro momento de união, o casal faz uma menina de neve e, a partir de então, tanto Jack quanto Mabel passam a avistar uma criança loira pela floresta e ao redor da cabana. E a pergunta que não quer calar é: a menina é é real ou apenas uma ilusão, fruto do desejo frustrado de serem pais?
A Menina da Neve me conquistou pela capa e, após ler a sinopse e descobrir que o livro havia sido indicado ao Prêmio Pulitzer, minha curiosidade apenas aumentou. A escrita de Eowyn Ivey é bastante descritiva, o que torna a história um pouco parada, especialmente no início. No entanto, ao mesmo tempo em que é ligeiramente cansativa, a trama também prende o leitor e faz com que várias hipóteses sejam levantadas, aumentando cada vez mais a vontade de descobrir o mistério.
Não vou dizer que A Menina da Neve foi uma leitura ruim, não chegou a tanto. No entanto, o suspense é uma faca de dois gumes, que pode fazer com que uma história surpreenda ou deixe a desejar. E, infelizmente, no caso da obra de Eowyn Ivey, fico com a segunda opção. O mistério em torno da menina da neve permeia toda a trama, o que eleva cada vez mais as expectativas quanto ao desfecho. Mas senti falta de um clímax e, mesmo gostando de finais em aberto, esperava por mais respostas e/ou explicações.
Não sou especialista em Pulitzer – bem longe disso, aliás. No entanto, após ler obras vencedoras como Toda luz que não podemos ver e O Pintassilgo, confesso que fiquei até surpresa com a indicação de A Menina da Neve ao prêmio. Como eu disse acima, a obra de Eowyn Ivey não chega a ser ruim, mas é quase um desperdício de uma premissa extremamente promissora e intrigante.
Título original: The Snow Child
Autor: Eowyn Ivey
Editora: Novo Conceito
Publicação original: 2012
Que m
Que sinistro!
Hahaha, sim. Mas não cumpre o que promete, não!
[…] A Menina da Neve, Eowyn Ivey Após esculpirem uma boneca de neve, Jack e Mabel, que nunca conseguiram ser pais, passam a ver uma criança misteriosa vagando pela floresta. Essa sinopse foi o suficiente para me fazer querer ler A Menina da Neve e imaginar que o livro era um suspense, quando, na verdade, é muito mais uma espécie de fábula. De qualquer forma, a obra de Eowyn Ivey retrata muito bem o desejo implacável de ser mãe e mostra que, muitas vezes, maternidade não tem a ver com gerar um ser no próprio ventre. […]
[…] A Menina da Neve […]
[…] o que torna a obra ainda mais previsível e irritante. Odiei. O livro com a melhor capa: A Menina da Neve, Eowyn Ivey | Me interessei por A Menina da Neve pela capa, que é a coisa mais linda! O livro […]