Resenha de Recomeço – Cat Patrick

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Quando ainda era criança, Daisy morreu em um acidente de ônibus, mas foi ressuscitada por um medicamento desenvolvido pelo governo, o Recomeço. Como o projeto era extremamente secreto, Daisy foi dada como morta, mudou de cidade e passou a viver com os agentes Mason e Cassie, que fingem ser seus pais. Por viver uma vida dupla, ela foi obrigada a mudar de sobrenome e estado algumas vezes, sempre recomeçando a vida à base de mentiras. E isso nunca havia sido um problema, até conhecer Audrey e Matt.

A premissa de Recomeço é super promissora, mas, assim como Deslembrança, o primeiro romance de Cat Patrick, o desenrolar da história deixa a desejar. Primeiro, a relação de Daisy, que está acostumada a não se aprofundar nas amizades, com Audrey e Matt se desenvolve rápido demais, porém não é consistente e não convence. No entanto, o maior problema da obra, na minha opinião, é a quantidade de possibilidades que não foram exploradas por Cat – não vou falar muito para não dar spoiler, mas eu esperava algo mais parecido com o filme Elysium, o que definitivamente não acontece.

Recomeço ameaça engrenar quando, ao longo da trama, Daisy faz algumas descobertas perigosas e se vê em meio a um dilema moral. No entanto, infelizmente, todas essas questões resolvidas de forma simplória demais e culminam em um final superficial e ligeiramente preguiçoso. Apesar disso, Recomeço é uma leitura bem fluida e perfeita para quem procura algo que não exija grandes esforços – apenas não crie expectativas demais. A parte chata é que Cat Patrick tinha em mãos um material digno de uma trilogia distópica de respeito, mas acabou desperdiçando-o em um livro mediano, quase fraco – imagino a Veronica Roth, de Divergente, ou a Suzanne Collins, de Jogos Vorazes, com essa ideia em mãos…

Título original: Revive
Editora: Intrínseca
Autor: Cat Patrick
Publicação original: 2012

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