Chegamos ao meio do caminho da semana Toda luz que não podemos ver, proposta pela Editora Intrínseca aos blogs parceiros, e o desafio de hoje é difícil: escrever uma carta para um personagem da obra de Anthony Doerr. Eu amo escrever e ler cartas, então, apesar de ter ficado com receio de não escrever algo decente, decidi participar da brincadeira e escolhi Marie-Laure como minha destinatária :) E aí está o resultado!
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Querida Marie-Laure,
Quando conheci você, já órfã e prestes a perder a visão, me perguntei por que Deus, ou quem quer que seja, pode reservar tantos infortúnios a uma pessoa só. Acreditei que você, tão pequena e vulnerável, precisaria receber mais cuidados e proteção do que qualquer outra pessoa. Por um lado, eu acertei. Mas, por outro, errei – e muito feio.
Talvez você tenha precisado dos olhos e das esculturas do inesquecível Daniel LeBlanc, seu pai, para aprender a enxergar o mundo novamente. Afinal, como diria John Donne, “nenhum homem é uma ilha”. Mas a verdade é que você, Marie-Laure, ainda tão jovem e ingênua, aprendeu, como em um passe de mágica, a lição que, para muitos, nem mesmo uma vida inteira é o suficiente: o que realmente importa é invisível aos olhos.
Sim, eu me perguntei por que Deus, ou quem quer que seja, pode reservar tantos infortúnios a uma pessoa só. Mas a verdade é que, como minha própria mãe costumava dizer, “cada um recebe a missão que é capaz de cumprir”. E, mesmo sem ainda saber se acredito ou não em Deus ou em uma força maior, tenho a certeza de que minha mãe estava certa. E de que você, Marie-Laure, pode ter precisado de proteção e cuidados físicos – embora tenha se virado muito bem sozinha -, mas sempre protegeu todos ao seu redor e que conheceram a sua história com a força da esperança e o poder de “toda luz que não podemos ver” – que, para mim, é o amor. E por isso, Marie, eu sempre vou ser grata.
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É difícil, talvez impossível, escrever algo que esteja à altura de Toda luz que não podemos ver, mas confesso que é divertido entrar na brincadeira e deixar as palavras fluírem :) Para ver os posts dos outros dias da semana dedicada à obra de Anthony Doerr, clique aqui e aqui!
Que fofa, Ná!!!
Ficou muito bonita a sua carta! É mesmo uma missão difícil… Não sei se eu seria capaz de cumpri-la.
Marie-Laure rocks! <3
Beijos!!
Ai, obrigada <3 Eu quase desisti de participar da semana Toda luz hoje, mas a carta saiu, apesar de pequena, haha!
Beijos
Oi Nádia, eu não pude entrar na “brincadeira” antes, porque já tinha outras coisas programadas para postar no blog, mas comecei hoje, e adorei <3 Já avisei os leitores do blog que até sábado teremos postagem sobre o livro.
Também fiz carta para a Marie-Laure :)
Beijos
Ah, que pena, Julia! Eu não canso de falar sobre esse livro, então a ideia da Intrínseca veio a calhar, hahaha! Bom, já passei lá no seu blog e adorei sua carta!
Beijos
Oiee,
Terminei de escrever a postagem do dia e já vim procurar direto outras cartas hehe. Adorei a sua, também escrevi para a Marie-Laure. Realmente ela merece todas as cartas do mundo, por ser uma personagem tão especial. E vamos seguindo com a difícil missão de escrever algo todos os dias, ou tentar né… kkkk
Abraço.
http://www.blogvagandoedivagando.blogspot.com
Obrigada, Wesley!
Eu adoraria escrever para o Werner também, mas eu já escolhi 3 personagens favoritos em vez de um, então achei melhor obedecer e escrever só uma carta, hahaha! Daqui a pouco vou ler a sua :)
Beijos
[…] A semana Toda luz que não podemos ver, proposta pela Editora Intrínseca aos blogs parceiros, chega em sua reta final e eu encerro minha participação por aqui :) Adorei contar por que a obra de Anthony Doerr é inesquecível, eleger meus personagens favoritos e escrever uma carta para Marie-Laure. […]
[…] carta para o personagem favorito: Coração de leitora| Sobre livros e traduções| Além do livro| Livroterapias| Vagando e divagando | Uma janela secreta | De cara nas letras| Conjunto da […]
[…] mais de 80 livros – já fala por si só. Mas, se não for suficiente, tem mais motivos aqui, aqui, aqui e aqui, […]