E, então, O Mundo Sombrio de Sabrina chegou ao fim. E eu ainda estou tentando consolidar a minha opinião sobre o desfecho.
Mas, para começar com uma verdade absoluta, devo dizer que a única temporada que eu realmente amei foi a primeira. A segunda e a terceira foram boas, sim, porém, tiveram momentos bastante questionáveis. Talvez por isso, as minhas expectativas em relação à quarta não fossem altas – o que foi bom.
Sabrina sempre gostou de “brincar de Deus”, o que é totalmente plausível, já que estamos falando de uma bruxa poderosíssima, mas ainda adolescente – e imatura em muitos momentos. O que sempre me incomodou, porém, é o fato de que ela nunca aprendeu com seus erros, e personagens que não evoluem me deixam brava.
Por outro lado, a coragem e a determinação de Sabrina sempre foram genuínas e inquestionáveis. E ainda que na maior parte da história, ela estivesse apenas desfazendo as besteiras que fez, era quase impossível não torcer por ela (e por seus fiéis escudeiros). Mas, no fim, sua teimosia e megalomania custaram caro.
A “releitura” de mitos e lendas sempre foi um dos meus aspectos favoritos em O Mundo Sombrio de Sabrina. No entanto, achei que, na quarta temporada, a dose foi um pouco exagerada, tornando a trama ligeiramente confusa, corrida e até superficial. Já as referências à cultura pop, como Sabrina, aprendiz de feiticeira, foram uma boa sacada e um bem-vindo toque de humor.
E se, na minha opinião, os números musicais da terceira temporada ficaram um pouco deslocados, os da quarta estão simplesmente fantásticos. Eram necessários? Não. No entanto, Ross Lynch, Lachlan Watson, Jaz Sinclair e Kiernan Shipka são realmente muito talentosos e fizeram um ótimo trabalho.
Sei que o destino de Sabrina divide opiniões, e entendo. Mas eu gostei bastante (menos da última cena) porque o achei corajoso e condizente com toda a história. E apesar de tudo, vou sentir saudades da série que prometeu um mundo sombrio e não falhou. Que nos trouxe uma Sabrina poderosa e destemida, sim, mas também apenas uma garota, muitas vezes solitária, que buscava, acima de tudo, por amor e felicidade.
Tão bruxa, quanto mortal.