Cujo foi um dos primeiros livros que li de Stephen King. Como ainda não estava tão familiarizada com o estilo do autor, pensei que se tratava de uma história sobre uma mulher e seu filho encurralados em um carro por um cachorro raivoso. Então, quando peguei o exemplar em mãos, me perguntei: como o autor transformou essa trama em 400 páginas?
A explicação era óbvia, mas, na época, eu ainda não sabia. Como em 99% de seus livros, King vai além e cria todo um contexto para a família Trenton. E assim, não apenas enriquece a história e deixa o leitor ávido pelo clímax, como também torna todo o enredo e seus desdobramentos ainda mais impactantes!
Cujo é um dos meus livros queridinhos do autor e, no ano passado, assisti à adaptação de 1984. Confesso que, pela dificuldade de adaptar uma história cujo (RÁ!) protagonista é um cachorro raivoso, esperava um filme duvidoso. Mas a produção me surpreendeu bastante – e está disponível na Netflix! Então, hoje compartilho 5 curiosidades sobre mais essa obra maravilhosa do Mestre!
1. Para escrever Cujo, King se inspirou em uma notícia publicada no jornal local de Portland. O artigo contava a história de um São Bernardo que atacou uma criança pequena. Os cachorros da raça são conhecidos por serem calmos e obedientes. E o contraste entre o temperamento normalmente dócil e a agressividade causada pela raiva é com certeza um dos maiores terrores do livro.
2. A outra inspiração para Cujo veio de uma situação vivida pelo próprio King. Certa vez, o autor parou em um mecânico de beira de estrada para que ele desse uma olhadinha em sua Harley Davidson. Assim que King entrou no local, um cachorro pulou em sua direção, rosnando. O mecânico evitou o ataque, mas o medo ficou marcado na memória do autor.
3. A ideia inicial de King era a de que Cujo realmente girasse em torno de Donna e seu filho presos no carro. Mas a história foi crescendo, crescendo e eu, particularmente, gosto muito do resultado final!
4. Cujo tem um toque sobrenatural sutil, que ficou de fora da adaptação. Outra mudança no filme foi o desfecho. Pessoalmente, acho que foram decisões sábias. O lado fantástico funciona bem no livro, mas, no longa, poderia ficar fora de contexto. Já o final… King não teve piedade, mas os roteiristas, sim – entendedores entenderão!
5. Para as filmagens, foram necessários quatro cachorros treinados, fantoches mecânicos e um ator fantasiado de São Bernardo.
Já leram ou assistiram Cujo? Têm vontade?