FBI, Máfia Russa, crimes e fantasmas do passado são alguns dos ingredientes de Sob a lua e lobos. E com essa combinação, o brasileiro Eduardo F. G. Corazza nos entrega um romance policial feito para ser devorado.

Aos 28 anos, Tor Witzøe é um jovem agente do FBI. Convocado para investigar um caso envolvendo a Máfia Russa, ele e o parceiro, Ivan, seguem para o Velho Continente. Lá, descobrem um esquema nefasto que envolve escravidão sexual e lavagem de dinheiro e que, claro, não será fácil de desmantelar. Depois de meses, tudo o que Tor quer é, enfim, solucionar o caso e voltar para casa. Mas acontecimentos dessa magnitude nunca ficam apenas no passado.

Primeiro volume da trilogia Em algum lugar da floresta, Sob a lua e lobos tem início quando Tor retorna para a casa de sua infância, na Noruega, 12 anos após enfrentar a Máfia Russa. Logo somos transportados para o passado para conhecer a história que dá início à saga do personagem, e também aos conflitos que o perseguem há mais de uma década.

A temática e também a forma como a história foi construída fizeram com que Sob a lua e lobos me lembrasse de Szabo e de Codinome Villanelle. Assim como as obras de Gino Netto e Luke Jennings, a história de Corazza tem um ritmo alucinante, com pequenos clímaxes distribuídos ao longo das 235 páginas. Mas confesso que, em alguns momentos, senti falta de cenas mais aprofundadas e de personagens mais desenvolvidos.

De qualquer maneira, por se tratar do primeiro volume de uma trilogia, acredito que muito ainda pode ser explorado nos próximos livros – especialmente em relação ao passado de Tor, que parece ser ainda mais aterrorizante do que o que testemunhamos em Sob a lua e lobos. Além disso, gostei da forma como o protagonista lidou com o aspecto psicológico do trauma pelo qual passou. E esse também é um ponto que pode render nos próximos volumes. Fica a torcida e também a expectativa!

Autor: Eduardo F. G. Corazza
Ano: 2020

*parceria paga com Eduardo F. G. Corazza