O amor termina do mesmo jeito que começa: gradual e imperceptivelmente. E de repente, estamos nos perguntando como pôde, um dia, (não) existir amor ali.
É praticamente impossível não pensar sobre isso durante a leitura de A vida não é justa. Durante quase 20 anos, Andréa Pachá foi conselheira do Conselho Nacional de Justiça. Como juíza, conheceu de perto inúmeros casos de divórcio, disputa de guarda dos filhos, partilhas de bens e paternidade. E foi inspirada nas histórias da vida real que a autora escreveu as crônicas que compõem o livro.
Apesar de tratarem de temas densos e, algumas vezes, tristes, os textos de Andréa são fluidos e até leves. A autora tem o senso de humor apurado e escreve com honestidade. Ela compartilha conosco suas reflexões sobre cada caso, o que só aprofunda nossas próprias reflexões. Histórias peculiares e outras até divertidas também fazem parte do livro, aliviando a tensão vez ou outra. Mas o que nos toca em todos os casos é o fato de não apenas serem, mas também soarem, tão reais.
Autor: Andréa Pachá
Editora: Intrínseca
Ano: 2012