Quem conhece Josie Schuller pensa que ela é apenas a dona de casa típica dos anos 1950. O que ninguém sabe é que a esposa e mãe concilia as tarefas domésticas com um crime aqui, outro ali. Mas os dias de assassina de aluguel de Josie podem estar contados. Isso porque seu chefe está incomodado com o quanto a vida pessoal da funcionária tem interferido em suas missões. E quando ele fala em aposentá-la… Bom, digamos que isso pode custar a vida de Josie – literalmente.

Lady Killer é uma leitura repleta de ação, o que a torna frenética – praticamente impossível não ler tudo em “uma sentada”. O traço de Joëlle Jones não poderia combinar mais com o conteúdo da história em quadrinhos, evocando o ar vintage dos anos 1950, mas também conferindo o impacto necessário às cenas sangrentas. E confesso que é divertido conciliar as duas facetas, tão contrastantes, de Josie.

No entanto, por trás da diversão, existem mensagens extremamente pertinentes. Josie pode ser uma assassina de aluguel, diferente de mim e (espero eu) de você. No entanto, a inferiorização que ela sofre em seu ambiente de trabalho e as cobranças que enfrenta dentro de casa casa podem ser idênticas àquelas pelas quais qualquer mulher passa. Ou seja, a profissão e a década podem até mudar. Mas muitas questões, infelizmente, permanecem as mesmas.

Em outras palavras, Lady Killer é aquela leitura que pensamos fazer por entretenimento puro. Mas logo percebemos o que ela realmente faz: escancara a realidade através das lentes da ironia e do humor.

Título original: Lady Killer (Collected Editions) #1
Editora: Darkside Books
Volume seguinte: Lady Killers (Collected Editions) #2
Autores: Joëlle Jones e Jamie S. Rich
Ano: 2015