A mansão Carrow coleciona histórias reais sangrentas e relatos de pessoas que teriam visto assombrações por lá. Fascinada pela casa, Remy é a responsável por visitas guiadas pela propriedade – mas nunca de fato vivenciou um fenômeno paranormal. Por isso, quando Mark a convida para receber sete pessoas para uma estadia de duas semanas, ela não pensa duas vezes. O que ela não poderia imaginar é que o espírito de Edgar, o implacável serial killer que matou centenas de pessoas na mansão Carrow, estaria pronto para fazer novas vítimas.
Quem gosta de terror dificilmente resiste a histórias que envolvem casas mal-assombradas. E The Carrow Haunt explora muito bem o clichê do gênero, ao mesmo tempo em que consegue trazer alguns elementos que fogem um pouco do óbvio. Com o ritmo dos bons filmes de terror, Darcy Coates inicia a história com os esperados acontecimentos sobrenaturais. Mas também brinca com o anti-clímax e, não por acaso, com o emocional do leitor.
A imponência da mansão Carrow e as histórias sangrentas que aconteceram por lá ajudam a criar uma atmosfera pesada e sombria, além de trazer um bom contexto para a trama bem amarrada. A autora não economiza nos detalhes perturbadores (mas muitas vezes sutis), fazendo com que o medo dos personagens transborde das páginas. No entanto, apesar dos “sustos”, Darcy também reserva espaço para abordar o sobrenatural de maneira quase didática – e eu, particularmente, adorei isso!
Por um momento, o terror se torna também um suspense e nos sentimos em uma trama de Agatha Christie. Afinal, os personagens estão confinados em uma casa isolada, que se torna palco de estranhos acontecimentos. E como se isso já não bastasse, todos se tornam suspeitos de mortes misteriosas. No entanto, esse é apenas um tempero a mais para o enredo – e também uma forma de manipular o leitor. Porque, no fim das contas, The Carrow Haunt é uma ótima história de terror, para ler prestando atenção em todos os ruídos até então inofensivos ao seu redor…
Autor: Darcy Coates
Ano: 2018
Avaliação: 4 estrelas