Gwendy Peterson está cansada de ser chamada de gorda. Então, todas as manhãs, ela corre até o topo da Escada Suicida, que leva à Castle View. Certo dia, Gwendy encontra um homem, de calça preta, camisa branca e um chapéu também preto, que a presenteia com uma misteriosa caixa de botões. Apesar de relutante, a garota aceita o presente e, logo, descobre que a caixa tem superpoderes. Digamos que a ela é capaz de proporcionar o que Gwendy quiser, e tudo o que a menina precisa fazer em troca é manter a caixa segura. Mas será tão fácil e simples assim?
A pequena caixa de Gwendy se passa em Castle Rock, que também é pano de fundo de livros como A Zona Morta, Cujo e Revival. E a já conhecida atmosfera sombria da cidade fictícia é o ponto de partida perfeito para a história de Gwendy. Ao longo da short story, conhecemos os poderes da caixa junto com a garota, acompanhamos seus dilemas e sentimos seu medo, mas também sua curiosidade. E é impossível não se perguntar: será que eu apertaria esses botões? Gostamos de pensar que a resposta seria “não”.
Se a premissa de A pequena caixa de Gwendy é relativamente simples e não tão original, Stephen King consegue desenvolver a trama de maneira inesperada – o que, afinal de contas, não surpreende, já que estamos falando do rei do terror! Ao longo das 168 páginas, o autor brinca com a tentação, e mostra como nem mesmo as boas pessoas são imunes a ela. Também é uma história sobre o poder, e o quanto ele nos torna perigosos. Uma forma extrema de retratar o quão responsáveis somos por nossos atos e suas consequências.
Título original: Gwendy’s Button Box
Editora: Suma
Autor: Stephen King e Richard Chizmar
Ano: 2017
Avaliação: 3,5 estrelas