Resenha de Psicose – Robert Bloch

Um banho quente e uma cama confortável: era tudo o que Mary Crane queria naquela noite chuvosa. Mas, ao se hospedar no Bates Motel, ela encontrou algo que nunca poderia imaginar.

Eu já sabia da história de Psicose graças à adaptação de Alfred Hitchcock. Recentemente, fiquei obcecada pela série Bates Motel, que traz os acontecimentos anteriores ao filme. E por isso, eu não poderia deixar de conhecer a obra que deu origem a esse universo incrível: o livro de Robert Bloch, inspirado na história real de Ed Gein.

É claro que, por já saber da grande (e genial) reviravolta de Psicose, o livro não foi uma surpresa para mim (aliás, tem vlog de leitura aqui!). Mas a escrita de Bloch é tão fluida e direta que a trama me envolveu como se eu não soubesse o que iria acontecer. Incrível como o autor é capaz de dar detalhes suficientes para que visualizemos o cenário e os personagens, ao mesmo tempo em que nos deixa praticamente desesperados para saber mais. Nenhum trecho de Psicose parece ter sido escrito para “passar o tempo”, todas as linhas têm um propósito!

O fato central de Psicose já acontece logo no terceiro capítulo, o que me deixou bastante curiosa sobre como a trama iria se desenrolar. A partir de então, passamos a saber mais sobre os personagens centrais: Norman Bates, Mary Crane e seu namorado, Sam Loomis. E essas informações (que quase não têm espaço no filme) não apenas enriquecem a história e contextualizam alguns acontecimentos, como também nos deixam cada vez mais intrigados com o livro.

A adaptação de Psicose trata o plot twist como o que ele é: uma revelação completamente inesperada e absurda. No entanto, Bloch optou por um caminho mais sutil, mas talvez até mais impactante. O autor nos manipula, revelando o grande mistério aos poucos e delicadamente. E quando as peças do quebra-cabeça se encaixam e, enfim, descobrimos a verdade, é preciso ler e reler o mesmo trecho várias vezes. Não para entender a história, mas para absorver sua complexidade e genialidade, como deve ser.

Um clássico da literatura e do cinema, e não por acaso!

Título original: Psycho
Editora: DarkSide Books
Autor: Robert Bloch
Ano: 1959
Avaliação: 5 estrelas

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One comment

  1. […] Psicose (1960), escrito por Robert Bloch e dirigido por Alfred Hitchcock Um dos meus livros queridinhos, Psicose deu origem a um dos maiores clássicos do cinema. Dirigido por Alfred Hitchcock, o filme recebeu quatro indicações ao Oscar: Melhor Atriz Coadjuvante, com Janet Leigh, Melhor Diretor, Melhor Fotografia em Preto e Branco e Melhor Direção de Arte em Preto e Branco. […]

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