A Semana Especial Liane Moriarty começou ontem, com a resenha de O que Alice esqueceu. Hoje, o assunto são os outros livros (incríveis!) da autora! Para falar sobre eles, fiz um resumão das resenhas que já publiquei aqui no blog, com as sinopses e as conclusões sobre a leitura! Mas já adianto que vale a pena ler todos <3
O SEGREDO DO MEU MARIDO
Cecilia Fitzpatrick pode ser considerada a dona de casa ideal: mãe de três meninas, Isabel, Esther e Polly, e esposa de John-Paul, ela se divide entre o emprego de consultora da Tupperware, a presidência da Associação de Pais da Escola e diversas tarefas do dia a dia. Sempre alegre e prestativa, Cecilia parece levar a vida perfeita. Mas tudo pode mudar quando ela encontra uma carta de John-Paul, que contém um grande segredo e só deve ser aberta na ocasião da morte dele.
Rachel Crowley convive com o peso da morte da filha, Janie, assassinada quando ainda era adolescente, e não se conforma com o fato de que, quase 30 anos depois do ocorrido, ainda não sabe quem foi o responsável pelo crime. Viúva, Rachel é também mãe de Rob, de quem não é exatamente muito próxima, enquanto o neto, Jacob, é a única alegria de sua vida. No entanto, até mesmo isso está prestes a ser tomado de Rachel: Rob e a esposa, a executiva Lauren, estão de mudança para Nova York.
Tess O’Leary é casada com Will, com quem tem o pequeno Liam, e acredita levar uma vida familiar exemplar. No entanto, quando o marido e Felicity, prima e melhor amiga de Tess, anunciam que estão apaixonados, o mundo parece desmoronar. Com a desculpa de cuidar da mãe, que está com o tornozelo quebrado, em Sidney, Tess deixa Melbourne, Will e Felicity para trás. Traumatizada pelo divórcio dos próprios pais, ela precisa descobrir se vale a pena manter o casamento pela felicidade de Liam.
Na época em que O Segredo do Meu Marido foi lançado, eu nem me interessei pela história. Achei que seria mais um romance qualquer. Para a minha sorte, a Intrínseca me enviou o exemplar e, então, decidi ler. E que surpresa!! Enquanto eu lia, achei que sabia mais ou menos o que iria acontecer no final. No entanto, fui completamente pega de surpresa por uma reviravolta enorme. Se o livro tivesse terminado como eu previa, já teria valido muito a pena pela amarração dos fatos e personagens. Mas o desfecho criado por Moriarty tornou a história ainda mais incrível. A obra acabaria bem aí, no entanto, um epílogo traz surpresas ainda maiores e incita reflexões interessantes não apenas sobre as histórias de Rachel, Cecilia e Tess, mas também a nossa própria.
PEQUENAS GRANDES MENTIRAS
Pequenas Grandes Mentiras narra as histórias de três mulheres que moram em Pirriwee, na Austrália, e cujas vidas se conectam de maneira inesperada – mas que irá trazermudanças drásticas e definitivas para todas elas. Madelineestá em seu segundo casamento, é mãe de três filhos, adora se vestir bem e não perde a chance de entrar em uma briga. Quando Nathan, o ex-marido, se muda para Pirriwee com a nova – e impossível de odiar – esposa e reconquista a filha que abandonou muitos anos antes, Madeline vê a oportunidade perfeita para criar um confronto.
Celeste é dona de uma beleza estonteante e forma o casal perfeito com Perry. Ela parece viver em seu próprio mundo, o que é totalmente compreensível, já que é mãe de um par de gêmeos hiperativos. No entanto, pode ser que a verdade por trás do temperamento aéreo de Celeste seja, na verdade, um segredo impossível de revelar. Jane, por sua vez, é uma jovem mãe solteira que se muda para Pirriwee com o filho, Ziggy, em busca de um recomeço. Logo, ela é acolhida por Madeline e Celeste, que nem imaginam como a presença de Jane e Ziggy irá mudar toda a dinâmica da pacata comunidade.
Se O Segredo do Meu Marido me revelou uma autora incrível, Pequenas Grandes Mentiras me fez ter a certeza de que ela merecia estar entre minhas favoritas! Além de criar um suspense muito bem amarrado e manipular o leitor, Liane Moriarty ainda foi capaz de surpreender com uma reviravolta final que eu, sinceramente, não imaginei. Uma mistura perfeita entre chick lit, suspense e thriller, que explora como as pequenas mentiras que contamos a nós mesmos podem nos ajudar a sobreviver, mas também podem nos destruir.
ATÉ QUE A CULPA NOS SEPARE
Amigas desde a infância, Clementine e Erika sempre foram opostos: enquanto a primeira cresceu em uma família bem-estruturada, a segunda teve que aprender, desde cedo, a lidar com as questões da mãe acumuladora. Depois de adultas, as diferenças se mantiveram, e a vida sem filhos e extremamente organizada de Erika não poderia contrastar mais com a rotina quase caótica de Clementine, que se tornou violoncelista e mãe de duas meninas. A amizade das duas sempre foi frágil e peculiar. No entanto, depois de um inocente churrasco que se torna palco de uma proposta delicada e de uma tragédia anunciada, a relação das duas é, mais do que nunca, colocada à prova.
É verdade que Até que a culpa nos separe foi menos do que eu esperava. Mas o que sempre faz a leitura de Liane Moriarty valer a pena é a habilidade que ela tem de criar personagens tridimensionais e histórias muitos bem amarradas. Também gosto muito de como a autora traz elementos do chick lit (no caso, maternidade e vida a dois) para suas obras, mas de uma maneira realista. Apesar de não ter me cativado enquanto trama, Até que a culpa nos separe tem seu valor, por fazer refletir sobre como a culpa transforma as pessoas e, consequentemente, as relações.
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