Resenha de Uma dobra no tempo (Graphic Novel) – Madeleine L’Engle e Hope Larson

Já faz 2 anos desde que Sr. Murry, grande físico e pai de Meg e Charles Wallace, desapareceu misteriosamente enquanto explorava a quinta dimensão. Certa noite, os irmãos estão fazendo um lanche quando são surpreendidos pela Sra. Quequeé, que foi desviada de sua rota enquanto viajava pelo tempo e espaço. E é com a ajuda dela e de suas amigas, Sra. Qual e Sra. Quem, que Charles, Meg e seu novo amigo, Calvin, irão partir em uma aventura incrível para trazer o Sr. Murry de volta.

Publicado em 1962, Uma dobra no tempo é um clássico da ficção científica + fantasia. Cinquenta anos depois, a ilustradora Hope Larson transformou a história em uma graphic novel, dando uma nova forma à obra de Madeleine L’Engle. O livro já estava na minha lista de próximas leituras quando recebi a GN. E, embora soubesse que o “certo” seria ler primeiro o original, não resisti e me entreguei aos quadrinhos. No entanto, acho que fiz a escolha certa! Explico: apesar de querer muito ler Uma dobra no tempo, já estava ficando tensa com algumas resenhas não tão positivas. E acho que o formato de graphic novel acabou minimizando os pontos que foram criticados por outros blogs e Instagrams literários!

Para ver se minhas impressões estavam certas, fui conversar com a Jocasta, do Curta Leitura (a resenha dela está aqui!), e ela confirmou algumas das minhas suspeitas! Quando comecei a leitura, pensei “nossa, que difícil deve ser entender essa história sem as ilustrações”, já que ela se passa em um cenário inédito para o leitor até então. E esse é um dos pontos que a Jô citou em sua resenha e que eu acho que foi bem solucionado com a graphic novel. Outro aspecto que me incomodou foi o final simples e até clichê. Mas, novamente, o dinamismo da GN fez com que o desfecho ganhasse intensidade e impacto – confesso que até me emocionei! E também não podemos esquecer que se trata de uma série, por isso, podemos aguardar por finais mais marcantes nos próximos volumes.

Os personagens principais foram uma das partes que mais gostei em Uma dobra no tempo. Apesar de ser teimosa e impaciente, Meg é carismática e mostra como tais características também podem ser qualidades. Charles Wallace tem mais inteligência e sapiência do que um adulto e, ainda assim, preserva a inocência pueril. E Calvin, que aparece tão de supetão, se revela tão fiel, companheiro e generoso, que acabou se tornando meu preferido. E em meio à história que mistura física e fantasia, a relação entre Meg e Charles se destaca, nos levando de volta ao que realmente importa: o amor incondicional, que é capaz de desafiar não só o tempo e o espaço, como também a coragem e a fé.

Título original: A Wrinkle in Time: The Graphic Novel
Editora: DarkSide Books
Autoras: Madeleine L’Engle e Hope Larson
Publicação original: 2012

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