Resenha de Deixei você ir – Clare Mackintosh

A história começa em uma tarde chuvosa, quando Jacob, de apenas 5 anos, solta a mão da mãe para atravessar a rua. O menino acaba sendo atingido por um carro, morrendo quase instantaneamente, nos braços da mãe. O motorista, porém, acelera e foge do que agora é a cena de um crime. Assombrada pela morte de Jacob, Jenna decide deixar a cidade e aluga um chalé isolado em uma cidade costeira do País de Gales. Enquanto isso, os detetives Ray Stevens e Kate Evans fazem mais do que podem para descobrir quem foi o responsável pela morte do garoto.

intensidade marca Deixei você ir desde o início. Ex-detetive, Clare Mackintosh usou sua experiência para criar uma história que gira em torno da resolução de um crime, mas que também é muito mais do que isso. O livro é narrado sob dois pontos de vista: com Jenna, mergulhamos em culpa, remorso e auto-destruição; já com o detetive Ray, nos informamos sobre a investigação, mas também adentramos sua casa, conhecendo seus dramas familiares.

Até certo ponto, Deixei você ir parece ser um livro comum e até previsível. No entanto, a autora logo mostra que não é bem assim. A sensação, aliás, é de que ela nos faz baixar a guarda propositalmente, para que a surpresa seja ainda maior. Como é difícil falar sobre a trama sem deixar escapar um spoiler, vou apenas dizer que a forma como Clare Mackintosh manipula o leitor e até mesmo os personagens me lembrou bastante da série The Sinner. E, então, o que começou como a história de um crime se transforma em algo ainda mais grave, profundo e perturbador.

Título original: I let you go
Editora: Intrínseca
Autora: Clare Mackintosh
Publicação original: 2014

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