Após a morte prematura da mãe, Vianne e Isabelle são obrigadas a deixar a casa do pai, em Paris. Uma é tudo o que a outra tem, até que Vianne se apaixona por Antoine, com quem logo se casa e tem Sophie. Completamente sozinha, Isabelle se torna uma jovem contestadora e audaciosa. Quando a Segunda Guerra Mundial estoura e os nazistas invadem a França, as duas irmãs seguem caminhos completamente diferentes, mas que compartilham do mesmo combustível: o amor.
Abandonada por todos que amava, Isabelle transformou sua dor em força e coragem. Durante a guerra, fez absolutamente tudo o que pôde para salvar o seu país. Foi impulsiva e inconsequente e, por vezes, colocou a irmã e a sobrinha em perigo. Mas lutou com a determinação que poucos têm. Vianne só desejava proteger Sophie da dura realidade – sem saber que, na verdade, isso era simplesmente impossível. E, com nazistas vivendo sob seu teto, descobriu sua própria maneira de lutar.
O Rouxinol é sobre a guerra que aconteceu dentro da guerra: a que foi travada pelas mulheres. Elas que, sozinhas e duplamente oprimidas, mantiveram suas famílias; que foram obrigadas a conviver com o inimigo dentro de suas próprias casas; que derrubaram paradigmas para se unir à Resistência; que também foram para campos de concentração e morreram de tanto trabalhar. Mulheres que usaram toda sua força para sobreviver a uma guerra que nunca foi delas. E, dadas as devidas proporções, será que não é assim até hoje?
Além de todo o contexto histórico, O Rouxinol traz muito sobre o amor e a família. Foi um privilégio ver a jornada de Isabelle e a evolução de Vianne, que, juntas e separadas, descobriram que uma era a parte que faltava na outra. A relação do pai com as filhas (especialmente Isabelle) mostrou que todos temos nossas guerras particulares, que quebram partes invisíveis dentro de nós. Nos devastam e transformam para sempre.
A escrita de Kristin Hannah foi outro ponto que me encantou em O Rouxinol. Apesar de minucioso, o texto da autora nunca é cansativo ou excessivo. E é a riqueza de detalhes, aliás, que faz com que o leitor mergulhe ainda mais na história e compartilhe cada parte dela com os personagens. Apesar de tratar de um assunto que inúmeros livros já falaram sobre, a obra de Kristin Hannah se destaca por trazer a Segunda Guerra Mundial sob o ponto de vista das mulheres. E isso faz com que nós, leitoras, nos conectemos ainda mais profundamente com a história!
Ler O Rouxinol foi doloroso. Por assistir a tantas perdas e perceber que nem todas são causadas pela morte. Por saber que tantas Isabelles e Viannes realmente existiram. Mas foi também uma experiência redentora. Porque O Rouxinol não é uma história sobre a guerra. E também não é sobre o amor. É sobre o amor em tempos de guerra, porque todo tempo é tempo de amor.
Título original: The Nightingale
Editora: Arqueiro
Autora: Kristin Hannah
Publicação original: 2015
Estou doida para ler esse livro, antes pela capa ( que acho maravilhosa) e agora, graças a sua resenha, pelo conteúdo também. Adorei!
Beijos
Fui “obrigada” pelas minhas amigas a ler esse livro! E ainda bem que elas fizeram isso, porque é um livro incrível – ainda mais para quem, como eu, adora histórias que se passam durante a SGM!
Espero que goste se ler!
Beijos
Esse livro está, literalmente, na minha lista de leituras próximas. ♥
Me surpreendeu muito, eu amei! Espero que goste também!
Que linda essa foto!
Obrigada <3
[…] melhor personagem: Isabelle Rossignol, de O Rouxinol (com menção honrosa a Simon Gold, de Os Imortalistas) ⠀ O pior personagem: Flannery Culp, de O […]
[…] Hannah com O Rouxinol, e me apaixonei. Não esperava que a experiência com As coisas que fazemos por amor fosse igual, […]