Resenha de O Exorcista – William Peter Blatty

Quando se mudaram para Washington, a famosa atriz Chris MacNeil e sua filha, Regan, não poderiam imaginar o que estavam prestes a enfrentar. Afinal, o que começou como uma doença mental acabou se revelando uma possessão demoníaca.

Ler o livro que deu origem a um dos filmes que você mais ama na vida pode ser difícil. Mas não foi o caso de O Exorcista. Absurdamente fluida desde a primeira página, a obra de William Peter Blatty surpreende pela sutileza e, assim, assombra da maneira mais eficaz e perturbadora.

Longe de ser “terror pelo terror”, o livro traz personagens ainda mais tridimensionais e um contexto mais completo. Ao sabermos do passado de Chris MacNeil e do Padre Karras, cada parte da trama faz ainda mais sentido. A história também é enriquecida com a parte investigativa, que, no filme, não ganha tanto destaque.

Outra surpresa de O Exorcista é a forma como a história acaba sendo também sobre maternidade. Apesar de ser ateia, Chris não hesita em acreditar que Regan esteja possuída pelo demônio, se isso significar salvar a vida de sua filha. Em contrapartida, refletimos sobre a fé quando o Padre Karras deixa o lado psiquiatra falar mais alto ao relutar em acreditar na possessão da menina, apesar de todas as evidências.

Um verdadeiro clássico, O Exorcista é também um divisor de águas no gênero de terror. Porque retrata o lado mais cinematográfico de uma possessão e de um exorcismo, mas também se conecta com a realidade de que a força demoníaca se alimenta de nossos erros e culpas. E a cura não está (só) na em Deus, mas, sim, em algo muito mais democrático e universal – o amor.

Título original: The Exorcist
Editora: HarperCollins Brasil
Autor: William Peter Blatty
Publicação original: 1971

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7 comments

  1. […] O Exorcista (1973), escrito por William Peter Blatty e dirigido por William Friedkin Sou apaixonada por O Exorcista desde a primeira vez que assisti ao filme, há mais de 20 anos, talvez… E quando li a obra original de William Peter Blatty, em 2018, a paixão apenas aumentou!! Claro que o livro mergulha mais profundamente em diversas questões, mas a adaptação é tão fiel que a minha sensação durante a leitura era a de estar assistindo ao longa. E se a versão cinematográfica de O Exorcista é, até hoje, tão impactante, fico imaginando o a repercussão na época em que foi lançada! Não à toa, foi o primeiro filme de terror a ser indicado ao Oscar de Melhor Filme, além de concorrer nas categorias Melhor Diretor, Melhor Atriz, com Ellen Burstyn, Melhor Ator Coadjuvante, com Jason Miller, Melhor Atriz Coadjuvante, com Linda Blair (na época com apenas 15 anos), Melhor Edição, Melhor Fotografia e Melhor Direção de Arte. O filme levou as estatuetas de Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Edição de Som. […]

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