John Douglas começou a trabalhar no FBI em uma época em que o termo “serial killer” sequer existia. Em mais de duas décadas servindo à polícia norte-americana, ele foi um dos grandes responsáveis pela popularização da expressão e analisou o perfil de alguns dos assassinos mais cruéis e inescrupulosos que já existiram.
Douglas ajudou a criar a Unidade de Apoio Investigativo do FBI, que tornou possível compartilhar a expertise do agente especial com outras unidades do bureau – e, consequentemente, ajudou a desmascarar mais e mais assassinos. Em Mindhunter: o primeiro caçador de serial killers americano, Douglas revisita sua trajetória e conta os bastidores de alguns de seus casos mais expressivos.
Eu AMO histórias que envolvem crimes, mistérios, serial killers, psicopatas e afins. Então, quando soube da premissa de Mindhunter, foi impossível não me interessar. E é claro que o fato de se tratar de um livro de não ficção foi o que mais chamou a minha atenção. Mas, aparentemente, as altas expectativas realmente foram feitas para serem frustradas. E a verdade é que, até chegar mais ou menos na página 120 (o que foi bem difícil, diga-se de passagem), eu pensei seriamente em desistir da leitura.
E aí você me pergunta: por quê? Acontece as primeiras 100 páginas são quase inteiramente dedicadas à vida de John Douglas, pessoal e profissional, dentro e fora do FBI. É claro que essa contextualização é extremamente importante para entendermos como ele chegou onde chegou. No entanto, acho que essas informações poderiam ter sido diluídas ao longo do livro e mescladas com os casos dos serial killers – que, me desculpe, são o que realmente importa!
Mas é verdade também que valeu a pena persistir. Isso porque, depois da imersão pela vida de John Douglas, o livro fica realmente interessante e a leitura se torna fluida. Nas páginas de Mindhunter, o agente especial conta detalhes sórdidos de cada caso, e confesso que, muitas vezes, é tudo tão chocante que fica até difícil acreditar que não se trata de ficção. John Douglas também relata o “passo a passo” das análises das cenas dos crimes e dos perfis dos assassinos. E a precisão na descrição dos serial killers é tão incrível, que, ao mesmo tempo em que faz total sentido, também nos leva a pensar em “como ele chegou a essa conclusão?”. E é aí que está a genialidade de Mindhunter.
Título original: Mindhunter: inside the FBI’s Elite Serial Crime Unit
Editora: Intrínseca
Autores: John Douglas e Mark Olshaker
Publicação original: 1995
Parece ser um bom livro. Pelo menos, a sua resenha me animou bastante a lê-lo. Eu sei que não se pode fazer uma comparação dessas, mas comecei a ver a série e não gostei muito e logo larguei… Daí vi o livro e fiquei me perguntando se valeria ou não comprá-lo (rs!). Também adoro livros com essas temáticas…
[…] Mindhunter: o primeiro caçador de serial killers americano, John Douglas e Mark Olshaker John Douglas começou a trabalhar no FBI em uma época em que o termo serial killer sequer existia. Em mais de duas décadas servindo à polícia norte-americana, ele foi um dos grandes responsáveis pela popularização da expressão e analisou o perfil de alguns dos assassinos mais cruéis e inescrupulosos que já existiram. Douglas ajudou a criar a Unidade de Apoio Investigativo do FBI, que tornou possível compartilhar a expertise do agente especial com outras unidades do bureau – e, consequentemente, ajudou a desmascarar mais e mais assassinos. Em Mindhunter: o primeiro caçador de serial killers americano, Douglas revisita sua trajetória e conta os bastidores de alguns de seus casos mais expressivos. […]