A proposta de hoje na Semana especial Tartarugas até lá embaixo é um debate sobre um dos assuntos abordados no novo livro de John Green. Poderia falar sobre muitas coisas – TOC, transtorno de ansiedade/pânico, amor, amizade, coming of age… -, mas não pensei duas vezes antes de escolher o meu tema: a empatia.
Todo mundo adora a frase “everyone you meet is fighting a battle you know nothing about. Be kind. Always” – e eu concordo 100% com ela. Mas vocês já pararam para pensar que, muitas vezes, nós conhecemos as batalhas que pessoas próximas a nós estão travando e, de certa forma, escolhemos não ser gentis, compreensivos e, acima de tudo, empáticos?
E foi exatamente isso o que mais me incomodou na trama de Tartaguras até lá embaixo: a total falta de empatia de Daisy, a melhor amiga de Aza Holmes, e o quanto isso é frequente no mundo real. Daisy minimiza as questões de Aza, pelo simples fato de não (fazer questão de) entender os problemas de TOC e ansiedade da amiga. Não estou dizendo que temos que ser condescendentes ou passar a mão na cabeça só porque “a pessoa tem um problema”. Mas que tal não só se colocar no lugar do outro, como tentar de verdade ver as coisas por outra perspectiva? Talvez, para você, a ideia de contrair um vírus mortal e morrer de infecção seja ridícula. Agora, imagine realmente acreditar na iminência de uma situação como essa? De novo, não podemos entrar nessa espiral a fim de sermos “gentis e empáticos”. No entanto, vale procurar a melhor forma de ajudar antes de julgar, minimizar ou até ridicularizar a situação.
Não sou a Madre Teresa de Calcutá da empatia. Longe disso! Mas, apesar de não sofrer de TOC ou transtorno de ansiedade e pânico, conheço os problemas de perto. E sei como eles podem causar ainda mais danos pelo simples fato de não serem compreendidos, tampouco aceitos.
É verdade que a maior dor que existe é a nossa. Mas quando realmente gostamos de alguém, a dor do outro se torna nossa também. Então, antes de fazermos bonito sendo gentis com as batalhas que não conhecemos, vamos ser empáticos com as guerras que podemos ajudar a vencer.
Okay? Okay.
Ai, me emocionei. Sério.
É bem isso que vc falou, e passei por isso ontem, né? A falta de empatia. Mas td bem, as pessoas que realmente importam me apoiam. <3
Não suporto a Daisy e ainda estou nas 100 primeiras páginas. Mas estou curtindo bastante a leitura!
Beijos
Ah, que lindaaaaa <3 Fico feliz porque, apesar de ser desse jeitinho fofo que sou, realmente me esforço pra ser empática <3
[…] reforçado a importância de se colocar no lugar do outro – falei bastante sobre isso no post de ontem. Então, acho que mais do que de fato me ensinar algo,Tartarugas lá embaixo foi importante para me […]