Como a mãe de Alê sempre foi muito amiga dos pais de Zak, os dois meninos cresceram juntos. Ao longo do tempo, Alê se transformou em um ambicioso aspirante a escritor, enquanto Zak incorporou o típico playboy garanhão. Apesar das diferenças, no entanto, os dois continuaram bons amigos, até o dia em que foram encontrados mortos ao lado de mais sete pessoas. O estado dos corpos indica que os jovens participaram de um perigoso jogo de roleta russa, mas a polícia não irá desistir enquanto não descobrir a verdade por trás do aparente suicídio coletivo.
Minha estreia com Raphael Montes aconteceu com Dias Perfeitos, que é bom, mas não incrível. E desde então, algumas pessoas comentaram que Suicidas, o primeiro livro do autor, era muito melhor. Dito e feito! Relançada pela Companhia das Letras com um capítulo a mais, a obra tem todos os ingredientes típicos de Raphael Montes: a crítica social, por meio das crônicas da alta sociedade do Rio de Janeiro; os detalhes sórdidos (ou seja, se você tem estômago fraco, pode desistir); e, claro, a dissecação do lado mais sombrio da mente humana.
Suicidas é narrado em três diferentes formatos e perspectivas: por meio dos registros de Alê; das anotações, também feitas por Alê, que contam o que exatamente aconteceu no dia do suicídio coletivo; e da transcrição da reunião das mães das vítimas com a delegada. Dessa forma, Raphael Montes não apenas prende e manipula o leitor, como também faz com que ele vivencie todos os lados da história. Todos os capítulos contam com grandes revelações e, aos poucos, os acontecimentos vão se conectando. Os trechos que narram o “Dia D” são, obviamente, os mais instigantes e o formato me lembrou bastante o de Battle Royale (quem já leu vai entender o porquê).
Mais uma vez, Raphael Montes foi capaz de construir personagens tridimensionais e extremamente reais. Os dilemas morais e a dubiedade de Alê me lembraram bastante de Dante, o protagonista de Jantar Secreto, o que é também um dos pontos altos de Suicidas (só não vou comentar sobre os outros para não correr o risco de dar spoiler). E embora seja indiscutivelmente um thriller, a trama também aborda outros pontos pertinentes, como a homossexualidade (e a homofobia e o preconceito) e as relações em família, principalmente entre mães e filhos. O suicídio, claro, é o ponto central da história, mas, mais do que cenas sangrentas, rende a reflexão acerca do tema.
Título original: Suicidas
Editora: Companhia das Letras
Autor: Raphael Montes
Publicação original: 2012
Oies! Acabei de ler “Dias perfeitos” e quero muito ler os demais livros do autor! :) Bjos
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