Depois de fazer muito sucesso com o hit Be here, os Danes caem no ostracismo e passam a trabalhar com a produção de outras bandas. Até o dia em que o governo dos Estados Unidos os convoca para ir à África investigar a origem de um som desconhecido, poderoso e assustador. Seis meses depois da viagem, o líder da banda, Philip Tonka, acorda em um hospital e descobre que teve todos os ossos do corpo quebrados. No entanto, ninguém parece saber o que realmente aconteceu com ele, tampouco onde estão seus companheiros de Danes.
Já se tornou redundante dizer isso por aqui, mas vou ter que repetir: ainda não descobri como como controlar as expectativas e não me frustrar. Conheci o trabalho de Josh Malerman em 2015, com seu romance de estreia, Caixa de Pássaros. Então, foi praticamente impossível não esperar muito de Piano Vermelho, ainda mais quando a trama se revela intrigante e envolvente desde as primeiras páginas. Mas, como tem se tornado frequente, a história acabou deixando um pouco a desejar da metade para o final.
Se em Caixa de Pássaros, Josh Malerman aflige o leitor com a privação da visão, em Piano Vermelho, o sentido explorado é a audição. Gosto muito da escrita objetiva, mas repleta de detalhes do autor. E mais uma vez, ele consegue traduzir o terror e a angústia em palavras. A história é contada no passado e no presente, sob os pontos de vista de diferentes personagens. Com isso, Piano Vermelho fica não só mais dinâmico, como muito mais intrigante. Além disso, conforme a leitura avança, mais dúvidas e mistérios vão surgindo.
Costumo dizer que Caixa de Pássaros é daqueles livros “ame ou odeie”. Isso porque muitas pessoas não gostaram do desfecho do primeiro livro de Josh Malerman. Eu concordo que o final escolhido pelo autor foi um anti-clímax, mas também acho que ele sai do lugar comum sem deixar de fazer sentido. No entanto, a fórmula se repete em Piano Vermelho e, na minha opinião, não funciona. Gosto de finais em aberto, mas, neste caso, me senti ludibriada. O anti-clímax é realmente frustrante e o desfecho deixa muitas pontas soltas.
Título original: Black Mad Wheel
Editora: Intrínseca
Autor: Josh Malerman
Publicação original: 2017
Não gostei muito de ‘Caixa de Pássaros’, achei meio fraco. Não foi nem pelo final que não gostei, achei o livro meio simples. Qual você diria que é melhor?
Boa resenha. Abraço.
Caixa de Pássaros, com certeza!
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[…] Vermelho, Josh Malerman Assim como Caixa de Pássaros, Piano Vermelho é intrigante e envolvente desde as primeiras páginas. No entanto, diferente do primeiro livro […]
[…] em finais em aberto, que dividem opiniões. Aconteceu em Caixa de Pássaros e se repetiu em Piano Vermelho. Eu, particularmente, não me importo com desfechos inconclusivos – desde que façam sentido […]