Aos 45 anos, Delia perde a mãe, Amalia, encontrada morta em uma praia, vestindo apenas um sutiã caro que nada tinha a ver com ela. É quando Delia volta à Nápoles, sua cidade natal, para acompanhar o funeral e, inundada por lembranças da infância, decide investigar a misteriosa morte de Amalia, com quem sempre teve uma relação conturbada. Mas será possível descobrir a verdade sobre a morte de uma pessoa, sem revisitar o que se sabe de sua vida?
Depois de ler e amar A Filha Perdida, é óbvio que não contive as expectativas em relação a Um Amor Incômodo. Mas, contrariando todas as probabilidades, Elena Ferrante me decepcionou. O livro foi o primeiro romance da autora, e sua escrita elegantemente crua está ali. No entanto, a história é arrastada, confusa e, em muitos momentos, parece não ter um propósito.
Assim como em A Filha Perdida, Um Amor Incômodo tem a maternidade como ponto de partida. No entanto, a trama é narrada do ponto de vista da filha, em vez do da mãe. E, curiosamente, embora tivesse mais motivos para me identificar com Um Amor Incômodo, não houve conexão alguma entre Delia e eu. E quando falo em conexão e identificação, não quero dizer semelhanças objetivas e, sim, empatia, compreensão e até compaixão. Resumindo: Delia, com sua sinceridade vulgar, não me conquistou, tampouco me envolveu.
Com toque de mistério, Um Amor Incômodo mescla o presente e o passado de Delia, fórmula que eu adoro. No entanto, a narrativa difusa da protagonista é quase um tiro no pé: em vez de deixar o leitor curioso e intrigado, confunde e enerva. Mas, para mim, o pior mesmo é que, diferente de A Filha Perdida, Um Amor Incômodo não suscita reflexão. Até porque não tem como existir nesse mundo sem ser filha de alguém e não se escolhe de quem se nasce.
Título original: L’amore Molesto
Editora: Intrínseca
Autor: Elena Ferrante
Publicação original: 1992
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