Para o segundo dia da semana especial Dia Internacional da Mulher, escolhi falar sobre Jojo Moyes. A princípio, pode parecer que a autora é especialista em romances água com açúcar, no melhor estilo chick lit. E, em partes, é verdade. No entanto, os livros de Jojo vão muito além – como descobri logo na primeira obra que li dela, o maravilhoso A Última Carta de Amor.
Mais do que histórias DE amor, a autora cria histórias SOBRE o amor. E, assim, suas tramas se tornam lições valiosas, que retratam a força e a essência do amor verdadeiro sem serem românticas ou açucaradas demais. Para isso, Jojo lança mão de dilemas complicados, enredos paralelos, roteiros originais e muita contextualização – muitas vezes, até social e política.
Mas o que realmente me conquistou na obra de Jojo é como ela é capaz de mostrar que o amor traz vulnerabilidade, mas também força e resistência. Como a força do amor muitas vezes não destrói barreiras, mas constrói formas de contorná-las. O que quero dizer é que Jojo não escreve histórias em troca de suspiros vazios. Ela cria personagens e situações que nos fazem enxergar o amor como algo complicado, doloroso, uma faca de dois gumes. E exatamente por isso, real, possível e altamente desejável.