Todo os dias, Rachel pega o trem para Londres, de onde observa um casal que, para ela, é o símbolo do amor perfeito. No entanto, Rachel faz uma descoberta que pode mudar não apenas sua opinião sobre Jess e Jason (como ela batizou o casal), como também suas vidas. E isso fica mais do que óbvio quando, poucos dias depois, ela se depara com a notícia de que Jess, que na verdade é Megan, está desaparecida. Mas será que alguém irá dar atenção ao que Rachel tem a dizer, depois de tudo o que já fez e já passou?
A Garota no Trem entrou para minha lista de leituras logo após o lançamento aqui no Brasil, em julho de 2015. Mas, depois de ler alguns comentários negativos sobre a obra de Paula Hawkins, acabei deixando-a para lá. Eis que, há pouco tempo, uma amiga devorou o livro, ressuscitando minha curiosidade e fazendo com que eu decidisse dar uma chance à história – até porque a adaptação cinematográfica também seria lançada em breve. E fiquei feliz por ter mudado de ideia, já que trata-se de um thriller para ninguém botar defeito!
A escrita de Paula Hawkins é surpreendentemente fluida, o que deixa o livro de certa forma mais leve e faz com que devorar a obra seja inevitável. A maioria dos comentários negativos que li em relação a A Garota no Trem eram sobre a personalidade irritante de Rachel. No entanto, posso dizer que, apesar de me irritar fácil com personagens, a protagonista da vez não me tirou do sério. Pelo contrário! Justamente por seus defeitos e problemas, ela me cativou. É verdade que, às vezes, dá vontade de dar um chacoalhão em Rachel, mas, para mim, foi muito mais empatia do que irritação.
Outra coisa que dizem é que A Garota no Trem lembra Garota Exemplar. Sim e não. O fato de termos uma mulher desaparecida e um marido suspeito nos leva automaticamente a pensar em Amy e Nick Dunne. No entanto, nenhum dos dois aspectos é exclusividade ou inovação da obra de Gillian Flynn. Então, para mim, a maior similaridade entre as duas tramas é o fio condutor, que as transforma em mais do que uma história de crime: enquanto Garota Exemplar disseca a vida a dois, A Garota no Trem aborda a relação das mulheres com a maternidade.
Paula Hawkins narra a história sob três pontos de vista e, assim, manipula o leitor durante todo o livro. Aos poucos, os fragmentos da verdade sobre o crime se conectam, nos presenteando com uma trama surpreendente e muito bem amarrada. A única coisa que acho que poderia ter sido melhor desenvolvida é o final. De qualquer forma, A Garota no Trem é uma ótima pedida para os amantes de thrillers e suspenses.
Título original: The Girl on the Train
Editora: Record
Autor: Paula Hawkins
Publicação original: 2015
A premissa original da personagem “observadora do cotidiano” lembrou um pouco o livro “Os enamoramentos”, de Javier Marías (publicado aqui no Brasil em 2012 pela Companhia das Letras). Indico a leitura! A propósito, excelente análise sobre a referida obra da Paula Hawkins – embora eu mesmo me considere um membro do “team Flynn” em detrimento ao “team Hawkins”, huahuahua!
Opa, dica de leitura anotada :) Obrigada!
E apesar de ter gostado bastante de A Garota no Trem, não tem como não ser #TeamFlynn, né? Hahaha!
Já está na minha lista eterna hahahaha como todos os outros livros que você sugere aqui. E não sei porque, mas gostei (pouquíssimas vezes isso aconteceu, mas…..) mais da capa do livro do filme do que essa capa rsrsrs
Hahahaha pode ler que é bom!
É, não refleti sobre qual prefiro, mas eu não sou muito fã dessa capa original, não…
[…] de A Garota no Trem não chegou a desapontar, mas também não atendeu completamente às expectativas. As mudanças […]
[…] vezes nos últimos 10 anos e, sim, já penso em reler de novo. O crime que me pegou de surpresa: A Garota no Trem, Paula Hawkins | Diferente do que eu pensava, A Garota no Trem é um livro muito […]
[…] A Garota no Trem, Paula Hawkins Todo os dias, Rachel pega o trem para Londres, de onde observa um casal que, para ela, é o símbolo do amor perfeito. No entanto, Rachel faz uma descoberta que pode mudar não apenas sua opinião sobre Jess e Jason (como ela batizou o casal), como também suas vidas. E isso fica mais do que óbvio quando, poucos dias depois, ela se depara com a notícia de que Jess, que na verdade é Megan, está desaparecida. Mas será que alguém irá dar atenção ao que Rachel tem a dizer, depois de tudo o que já fez e já passou? […]