Pax é o “lançamento-xodó” da Intrínseca e, para espalhar a linda mensagem da obra de Sara Pennypacker, a editora convidou os blogs parceiros a participar de mais uma Semana Especial (já fizemos de Loney, O Regresso e Toda luz que não podemos ver).
Pax é o tipo de livro que encanta do início ao fim. E, entre tantos aspectos que chamam a atenção na obra de Sara Pennypacker, é justo dizer que a moral da história se destaca. A amizade é o grande pilar da trama, mas a mensagem central não se resume a isso. A primeira lição que aprendemos com Pax é que, por mais que haja amor e lealdade, todos estamos sujeitos a erros – e dos graves. No entanto, justamente porque há amor e lealdade, há humildade para se redimir e disposição para perdoar.
A determinação é outro ponto em que Sara Pennypacker foca bastante, tanto por meio de Pax, quanto de Peter. Mas, mais do que retratar a importância de perseguir um objetivo, a autora mostra que a determinação não vence sem perseverança. E isso os dois protagonistas da história têm de sobra! E é aí que entra Vola, com o papel de fazer Peter (e o leitor) entenderem que nem tudo se resume a seguir o coração. Ser determinado e perseverante é fundamental, mas também é preciso uma dose de racionalidade.
Já diria Stephanie Perkins, em Anna e o Beijo Francês, que lar não é um lugar e, sim, uma pessoa. Pax e Peter sabem disso muito bem. No entanto, durante a jornada narrada no livro, os dois descobrem que, ao mesmo tempo em que dois podem se tornar um, cada indivíduo permanece único. E durante o tempo que passam separados, cada um com suas angústias, dúvidas e medos, Pax e Peter se redescobrem e redefinem seus lugares no mundo.
Não restam dúvidas de que Pax é uma história cheia de mensagens. No entanto, para mim, a obra de Sara Pennypacker é, acima de tudo, sobre o sentimento de pertencer. E sobre a coragem de respeitar a liberdade de quem não nos pertence mais.