Pax é o “lançamento-xodó” da Intrínseca e, para espalhar a linda mensagem da obra de Sara Pennypacker, a editora convidou os blogs parceiros a participar de mais uma Semana Especial (já fizemos de Loney, O Regresso e Toda luz que não podemos ver).
Não há dúvidas de que a amizade é o grande pilar de Pax. No entanto, a forma como Sara Pennypacker escolheu retratar o sentimento pode ser um pouco de tudo, menos óbvia. A primeira peculiaridade da história é o fato de explorar a amizade entre uma raposa e um menino. E a autora é tão competente ao fazê-lo que realmente cativa o leitor com a relação que existe entre Pax e “seu garoto”, Peter.
Ao mesmo tempo em que é obviamente fantasioso, já que a trama também é narrada sob o ponto de vista da raposa e conta com um tom crescente e até épico, Pax é extremamente real. Isso porque retrata a forma mais pura de um sentimento verdadeiro e que todos (espero!) já devem ter vivido. Claro que o livro é muito mais especial para quem tem animais de estimação e os trata como membros da família. No entanto, qualquer um que já teve um amigo pode se identificar, porque Pax poderia muito bem ser um menino, assim como Peter.
Já a amizade entre Pax e as outras raposas, Arrepiada e Miúdo, retrata bem o sentimento de pertencer. O que, para mim, é a pureza da amizade somada a empatia, identificação e companheirismo. Não que a relação entre Pax e Peter não tivesse esses ingredientes. Mas é diferente quando estamos em meio àquelas que são (literalmente) iguais à nós. E isso também fica claro na relação entre Peter e Vola. A troca que existe entre os dois é maior, mas não necessariamente mais importante, do que qualquer uma que poderia existir entre o garoto e a raposa.
Para mim, não tem como falar sobre amizade sem esbarrar na lealdade. Mas Pax vai além. Embora mostre bastante o quanto a raposa e o menino são leais um ao outro, o livro evidencia que amizade, especialmente a que nasce durante a infância, é crescer e amadurecer lado a lado. É se descobrir como um e como um par. É errar, perdoar e ser perdoado. É se transformar, se permitir e e se respeitar. É libertar e ser libertado. E também é, em alguns momentos, escolher caminhos diferentes e sempre ter um bom motivo para olhar para trás.
Eu dei uma folheada no shopping nesse livro e achei tão fofo! Acho que irei providenciar!
Ai, migs, é muito bonitinho! Acho que iria gostar!