Localizado na costa da Inglaterra, o Loney é um lugar sombrio e misterioso, que já foi palco de acontecimentos inexplicáveis. Ao lado do irmão, Hanny, Smith os presenciou e, 40 anos depois, é obrigado a revisitar o passado, quando os restos mortais de uma criança são descobertos após uma tempestade de inverno.
Antes mesmo do lançamento no Brasil, Loney já era sensação nas redes sociais. Muito por conta da linda edição em hardcover publicada pela Intrínseca, mas também pela promessa de ser um livro de terror assustador. Como amo histórias de horror, é claro que criei expectativas altíssimas. E lamento informar que terminei a leitura um pouco decepcionada.
No entanto, isso não quer dizer que Loney seja um livro ruim. Ele é apenas diferente daquilo que eu havia imaginado com base nos comentários que li nas redes sociais. Se a obra de Andrew Michael Hurley fosse um filme, eu o definiria como “não hollywoodiano”. Isso porque não segue o ritmo eletrizante de um thriller típico, nem conta com os sustos característicos de obras de terror. Aguçado no terror psicológico e com uma rica e poderosa atmosfera*, Loney é pura sutileza e mistério.
Falando em mistério, acho que Hurley exagerou um pouco na dose de suspense da história. Digamos que, ao longo das 304 páginas do livro, pouco realmente acontece. E a primeira metade da trama deixa muito a desejar no quesito ritmo. Claro que esses são “efeitos colaterais” da sutileza da obra, mas é inegável que comprometem um pouco a leitura.
A relação de lealdade, proteção e aceitação que existe entre Smith e Hanny é um dos pontos altos de Loney. Esther Smith, a mãe da família, é a única coisa nada sutil da história. Extremamente irritante, ela é a forma eficaz que Hurley encontrou de explorar alguns dos aspectos mais interessantes da trama: a religião* e a hipocrisia. No final das contas, para mim fica claro que, mais do que uma história de terror, Loney é um livro sobre a fé e o amor, em toda sua subjetividade.
Título original: The Loney
Editora: Intrínseca
Autor: Andrew Michael Hurley
Ano: 2015
Páginas: 304
Tempo de leitura: 7 dias
Avaliação: 3 estrelas
*Falei bastante sobre o terror psicológico, a atmosfera, a relação entre os irmãos e a influência da religião de Loney nos posts da Semana Especial dedicada ao livro, proposta pela Intrínseca!
[…] Loney é uma das grandes apostas da Intrínseca para 2016 e, para levar a história de Andrew Michael Hurley ainda mais longe, a editora convidou os blogs parceiros a participar de mais uma Semana Especial (já fizemos de O Regresso e também de Toda luz que não podemos ver). […]
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[…] lançamentos da editora no primeiro semestre de 2016. Falamos sobre livros como Pax, O Adulto e Loney e eu, com muita vergonha, falei um pouquinho sobre o adorável P.S. Ainda amo você. E foi bem […]
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