Sete anos após os acontecimentos que envolveram a família Perron (Invocação do Mal), Ed e Lorraine Warren cogitam se aposentar das investigações paranormais. É quando a igreja britânica pede que o casal viaje para Londres, a fim de observar a casa da família Hodgson, onde Janet, uma garota de 11 anos, tem sido aterrorizada por um espírito demoníaco.
Já contei aqui no blog que, desde a infância, sou muito fã de filmes de terror. Mas admito que, depois de longas como O Sexto Sentido e Os Outros, que redefiniram o gênero, passamos por uma fase de títulos muito fracos e mais previsíveis do que o aceitável. E, então, em 2013, James Wan nos presenteou com Invocação do Mal. Protagonizado por Ed e Lorraine Warren, um casal de investigadores paranormais da vida real, o filme colocou o terror sob uma nova luz, mostrando que um bom longa do gênero não precisa se resumir a sustos e fantasmas.
Invocação do Mal foi sucesso de crítica e público e não demorou para que fosse anunciada a sequência do filme – além de Annabelle, de 2014, que é um spin-off da história. Foram quase 3 anos de espera e, embora tudo indicasse que o segundo longa seria tão bom quanto o primeiro, altas expectativas são sempre facas de dois gumes. Eis que, em Invocação do Mal 2, James Wan repete a fórmula do sucesso, mas também traz novos elementos.
Um dos grandes trunfos da franquia é o fato de as histórias serem baseadas em personagens e fatos reais. E muito embora fossem investigadores paranormais, ou seja, considerados charlatões por muitos, Ed e Lorraine Warren inspiravam certa credibilidade e foram responsáveis por muitos casos célebres, incluindo o famoso episódio de Amityville.
A escolha de Patrick Wilson, que já havia trabalhado com Wan em Sobrenatural, e Vera Farmiga como os protagonistas foi certeira: além de carismáticos, os atores convencem como casal e fazem com que o espectador se envolva com os personagens enquanto pessoas e não espere apenas por bons sustos (admito que me emocionei na cena em que Ed/Patrick canta Elvis Presley para a família Hodgson). E é justamente esse “toque de drama”, exatamente como O Sexto Sentido, por exemplo, que diferencia a franquia de muitos outros filmes do gênero.
No entanto, apesar de bater na tecla de que Invocação do Mal é mais do que um franquia genérica de horror, há que se ressaltar que também não deixa a desejar no quesito “terror por terror”. Assim como no primeiro longa, Wan faz uso dos clichês do gênero, mas nas cenas certas e na medida ideal. Em compensação, também sabe ser sutil e manipular o espectador, criando falsos momentos de clímax, que são compensados por sustos inesperados.
A trilha sonora, com faixas que marcaram os anos 1960 até o início dos anos 1980, é um destaque à parte. E, com músicas como Bus Stop, do The Hollies, e I started a joke, dos Bee Gees, não apenas contextualizam a história, que se passa na década de 1970, como também criam uma atmosfera particular e, em alguns momentos, até ironicamente leve e alegre. O figurino típico da época e a caracterização dos personagens, em especial de Madison Wolfe, que interpreta Janet brilhantemente, também contribuem bastante para a criação desse “universo”.
O fato de Invocação do Mal 1 e 2 serem baseados em fatos reais torna tudo mais assustador, mas não é novidade para ninguém que Hollywood se apropria de histórias verídicas, exagerando alguns aspectos e até criando novos fatos. E lendo sobre o Poltergeist de Enfield, como ficou conhecido o caso que inspirou o segundo filme, fica evidente que esta não é uma exceção. No entanto, a “romantização” não diminui em nada a qualidade de Invocação do Mal 2 ou os méritos de James Wan. E se a batalha final entre os Warren e a entidade demoníaca deixa um pouco desejar, o plot twist é, senão inédito, um grande diferencial entre os filmes de terror.
Título original: The Conjuring 2
Diretor: James Wan
Ano: 2016
Minutos: 133
Elenco: Vera Farmiga, Patrick Wilson, Madison Wolfe e Franka Potente
Avaliação: 4 estrelas
Eu assisti ontem e amei! Também me emocionei com a cena em que ele canta Elvis, é linda, né?
Será que teremos mais um?
Ai, não é demais? <3 Não sei se vai ter o 3 (quero e não quero, hahaha), mas vai ter spin off da freira!!
Adorei! Queria escrever como você mas a inspiração na hora não vem.
Super obrigada, Julia <3 Mas escrever sobre o que a gente gosta sempre inspira, né? :)
[…] Invocação do Mal 1 e 2 Filmes como O Sexto Sentido, Bruxa de Blair e Os Outros ressuscitaram o terror no final dos anos 90/início dos anos 2000 e também elevaram demais as expectativas em torno dos filmes do gênero. E, como fã de horror, posso dizer que foi decepção atrás de decepção. Por isso, quando fui assistir a Invocação do Mal no cinema, em 2013, não esperava nada demais. Mas, para minha grata surpresa, fui presenteada com um roteiro bem construído, cenas perturbadoras e sustos dignos dos melhores filmes de terror – sem falar que a trama foi inspirada em uma das histórias reais de Ed e Lorraine Warren. E o melhor é que Invocação do Mal 2, que tinha grandes chances de ser um fracasso (como todas as sequências de filmes bem sucedidos), segue a mesma fórmula do primeiro, mas também traz novos elementos. Meu favorito dos últimos tempos, com certeza! […]
[…] acompanha o blog há algum tempo já sabe que sou muito fã de histórias de terror. E Invocação do Mal, que conta dois casos de Ed e Lorraine, é uma das minhas franquias preferidas do gênero. Sendo […]
[…] de Guy Lyon Playfair. Pra quem não sabe, eu amo filmes e livros de terror e Invocação do Mal 2 (que conta a história real de Enfield) é um dos meus preferidos do gênero. Então, nem […]
[…] foi anunciado como o diretor de It: A Coisa – embora tivesse preferido James Wan (de Invocação do Mal), por exemplo. Mas, ao mesmo tempo, fiquei com receio de que os efeitos especiais deixassem a […]