O final de Como eu era antes de você estraçalha corações e divide opiniões, mas uma coisa é fato: a história de Louisa Clark e Will Traynor com certeza irá mexer com o leitor e fazê-lo refletir sobre o que realmente importa na vida. Eu li a obra de Jojo Moyes em 2013 e, desde então, ela se tornou uma das minhas favoritas da vida. Então, com o lançamento de Depois de você, a temida e aguardada continuação, e a proximidade do lançamento da adaptação cinematográfica, foi impossível não querer reler.
Apesar de ter amado Como eu era antes de você, é claro que, nesses 3 anos que se passaram, muitos detalhes da história foram perdidos na minha memória e eu só lembrava mesmo dos fatos principais. Então, só por isso, reler o livro já teria valido a pena. No entanto, esse reencontro com Lou e Will acabou se revelando muito mais do que uma leitura para refrescar a memória: foi ainda mais intensa e dolorosa do que da primeira vez e, novamente, me fez pensar bastante sobre amor, compaixão, respeito e egoísmo.
Da primeira vez, a leitura de Como eu era antes de você foi um sofrimento por conta da ansiedade e do medo em relação ao desfecho da história. Desta vez, porém, o que mais doeu foi analisar os fatos sob a ótica de quem já sabia qual seria o final. E que todos os esforços de Lou seriam em vão. Mas é aí que está a grande sacada de Jojo Moyes e o valioso legado de Como eu era antes de você: o que Lou fez pode não ter sido o suficiente para que Will mudasse de ideia, mas em vão? Jamais!
Como disse no início do post, o final da obra de Jojo Moyes divide opiniões. Meu eu romântico adoraria ver Lou e Will felizes para sempre, mas o lado realista não apenas entende, como também apoia e respeita a decisão final da autora. No entanto, eu sei que muitas pessoas não engolem o desfecho de Como eu era antes de você e é claro que eu concordo com o fato de que a história é completamente arrasadora. Mas, talvez, a proposta da trama seja justamente nos fazer enxergar que, muitas vezes, no desespero de acabar com o sofrimento de quem amamos, nos tornamos ironicamente egocêntricos e não olhamos para nada, além da nossa própria dor.
Depois de reler Como eu era antes de você, posso confirmar que a obra de Jojo Moyes não é uma história de amor e, sim, uma história sobre o amor e como ele transforma tudo ao seu redor. Sobre como é subjetivo, mas sempre é compaixão, respeito e, sim, um pouquinho de egoísmo. E o maior desafio é quando o amor precisa ser traduzido na coragem de permitir que o outro se liberte. É por isso que os esforços de Lou não foram em vão: quando não havia mais nada para Will, ela não lhe trouxe uma esperança abstrata e, sim, a felicidade concreta dos seis meses finais mais incríveis que ele poderia ter tido. E, em troca, Will a presentou com uma vida de novas oportunidades e horizontes. E se isso não for amor, então eu não sei o que é.
Olá Nadia! Quem me conhece sabe da minha história com esse livro, faz bastante tempo que eu li, foi logo quando lançou no Brasil.Eu estava no penúltimo ano da faculdade, me sentindo muito mal porque descobri que o curso escolhido, não era exatamente o que eu queria. Estava em uma fase terrível, um namoro que terminou mal resolvido, uma graduação que não era bem o que eu queria e o trabalho sobrecarregando, eu só conseguia ler 2 livros por mês e olhe lá. Então, em um dia de prova, saindo mais cedo da faculdade fui com a minha amiga na Saraiva, e tinha um livro em exposição, a capa era linda e o título me remetia uma história de amor, então, eu simplesmente peguei o livro exposto e comprei. Não li sinopse, não procurei resenhas, simplesmente comprei. Chegando em casa, tomei um banho e decidi que aquela noite seria dedicada ao meu novo livro, e assim que comecei a ler, percebi que não era nada daquilo que eu esperava. A personagem principal, estava tão deslocada quanto eu, logo me identifiquei, e a medida que ia virando página por página, percebi que aquele era o livro certo, no momento certo. Em alguns momentos eu sorria de modo que as bochechas doíam, em outros meu coração sentia tanta dor, que parecia que ia saltar do peito, e quando eu virei a última página e fechei o livro, eu chorei. Chorei de tristeza, chorei de alegria e chorei até quando não tinha mais motivos para chorar. Chorei porque a lição que ficou daquele livro, me fez repensar tudo que estava de errado na minha vida, e que estava errado porque eu permiti. O nome do livro? “Como Eu Era Antes de Você”. Esse livro me marcou, e ainda não teve outro para superar. O que você escreveu agora, me fez relembrar tudo que eu senti, e vivi durante e após a leitura desse livro. Concordo com tudo que disse, é maravilhoso quando encontramos alguém que compartilha o mesmo sentimento sobre uma história. Desculpa pelo texto enorme kkk Beijos!
Oi Caroline! Antes de qualquer coisa, nem precisa se desculpas pelo “texto enorme” haha Amei lê-lo!
E fico muito feliz mesmo em ver que você teve uma experiência tão positiva com Como eu era antes de você e por ter feito você reviver isso de certa forma através das palavras <3
Tenho certeza que nossa história de vida influencia muito a forma como um livro nos toca e a minha sempre me levou a entender e respeitar profundamente Will. Claro que eu, no lugar da Lou, teria feito o mesmo. Mas acho que, no final, ela aprendeu a lição dela e entendeu o lado dele. E isso que importa!
Beijos
Às vezes me empolgo quando vou escrever, principalmente quando é sobre o que eu gosto. Fico feliz de alguém compartilhar o mesmo sentimento em relação a esse livro. Assim como a música, um livro pode mudar o seu momento, o seu humor, e quem sabe, a vida! Beijos!
Releituras são tudo na vida, como eu amaria poder reler sempre um montão de livros! (mas aí preciso selecionar bem os que releio para não deixar os novos para lá heheheh) De qualquer forma concordo com basicamente tudo no seu texto e já te disse muita coisa em off (já que relemos juntams), mas eu tive uma experiência muito mais positiva do que da primeira vez. Talvez o baque final, por mais coerente que eu tenha achado, tenha surtido um efeito maior na minha avaliação geral do livro. Lendo tudo agora já sabendo das consequências de todos os atos da Lou (entre aspas, né?) fez com que eu analisasse melhor as situações e gostasse mais do livro do que na época em que fui pega de surpresa :D Justamente porque notei de forma mais clara como tudo o que ela fez por ele….na verdade ela fez mais por ela. Essa é a grande sacada, de fato <3
Ansiosa pelo Finnick, digo, pelo filme!
Beijos!! :D
Eu sempre amei esse livro, mas acho que dessa vez me envolvi mais ou prestei mais atenção aos detalhes. E assim como foi uma experiência mais dolorosa, também foi mais enriquecedora. Deus precisa nos dar forças para Depois de você hahaha
Concordo com você e consigo compreender a autora e a decisão do personagem…difícil para quem está acostumado com um estilo de vida e do nada, tchum, tudo muda! Acho que eu não teria gostado do livro se o final fosse o contrário, “e viveram felizes porque o que importa é o amor”, sim, mas e o amor que sentimos por nós mesmos? Complicado..
É exatamente isso: e o amor que sentimos por nós mesmos? É complicado mesmo, mas temos que nos colocar no lugar do outro, de verdade!
[…] de você, a sequência do livro, não faltaram motivos para reler a obra de Jojo Moyes (contei aqui como foi a experiência) e já me preparar para as mudanças que devem/podem acontecer na versão […]
[…] sobre perda e reconstrução – e não apenas de Lou. Sempre chamei a atenção para o ponto de vista de Camilla Traynor, que foi extremamente desagradável em muitos momentos, mas que talvez estivesse sofrendo de formas […]
[…] Clark, de Como eu era antes de você Talvez eu esteja um pouco influenciada pela releitura de Como eu era antes de você e o lançamento de Depois de você, mas acredito que a Lou seja uma […]
[…] Lou e Will, já sabendo de tudo o que iria acontecer, mexeu demais comigo! Também contei aqui no blog os detalhes da […]
[…] Mas uma autora que é capaz de escrever histórias como Como eu era antes de você (que reli em 2016) e A Última Carta de Amor (que quero muito reler em breve) merece minha eterna […]