Santiago é um velho pescador cubano e, por causa da saúde debilitada, está há quase três meses sem capturar um peixe sequer. Em uma última tentativa de resgatar sua dignidade, Santiago passa quatro dias em alto-mar, com recursos extremamente escassos, em uma batalha acirrada contra um enorme espadarte.

Sempre tive curiosidade em ler Ernest Hemingway, não apenas pela boa reputação de sua obra, mas por toda a atmosfera que envolve sua existência. No entanto, confesso que eu não estava com pressa de matar essa curiosidade. Até que, entre uma leitura coletiva e outra, pedi ao meu namorado que me indicasse um livro curto e ele me sugeriu O Velho e o Mar, que recebeu o Prêmio Pulitzer de 1953.

O livro é curto, sim, mas não é exatamente a leitura mais rápida do mundo. Se você se esforçar, até dá para ler as 126 páginas em um dia, mas não acho que seja a melhor maneira de absorver todas as nuances da trama. Além disso, a escrita de Hemingway é bem minuciosa e detalhista e o ritmo da história é bastante lento – ou seja, é uma leitura para “saborear”.

O Velho e o Mar pode ser visto simplesmente como a jornada de um pescador em busca de sua derradeira conquista. No entanto, por meio da história, Hemingway coloca orgulho, fé, dignidade e lealdade em discussão e faz com que o leitor reflita sobre o que é vencer: realizar aquilo que é considerado grandioso pelos outros ou inspirar e propagar a compaixão?

Título original: The Old Man and The Sea
Editora: Bertrand Brasil
Autor: Ernest Hemingway
Publicação original: 1952