Obcecado pela ciência e pela origem da existência humana desde criança, Victor Frankenstein não demora a se tornar um jovem e promissor cientista. Durante os anos de faculdade, ele reúne partes de corpos já mortos e se descobre capaz de devolver a vida a eles. No entanto, assim que conclui sua invenção, em vez de apreciá-la, Victor repudia a aparência de sua criatura e a deixa fugir. Com o tempo, a solidão, a incompreensão e a crueldade dos humanos transformam o ser, a princípio ingênuo e de bom coração, em uma criatura demoníaca que não irá descansar enquanto não se vingar de seu criador.
Frankenstein foi mais uma obra que decidi ler por causa do Desafio de Leitura e a experiência não poderia ter sido melhor! O livro de Mary Shelley é um clássico e, considerado uma das maiores obras de horror, já foi adaptado e recriado centenas de vezes. Por isso, é natural que a história viva no nosso imaginário e que a gente sinta que sabe como a trama se desenrola, mesmo sem nunca ter de fato lido o livro. E foi exatamente isso o que descobri ao lê-lo e perceber que a ideia que eu fazia de Frankenstein não era exatamente a mais próxima da realidade.
Para começar, me surpreendi bastante com a complexidade da obra. Já aconteceu algumas vezes comigo de ler um livro muito clássico e acabar decepcionada por achar a história levemente superficial ou previsível – o que, na verdade, é totalmente perdoável, já que muitas dessas obras foram escritas há séculos atrás, quando as referências literárias eram outras. E exatamente por este ser o caso de Frankenstein é que fui totalmente pega de surpresa por uma trama repleta de acontecimentos, reviravoltas e discussões que vão além do simples “certo e errado”. Além disso, estamos falando sobre uma obra que envolve ciência e horror e que foi escrita por uma mulher de apenas 18 anos, em pleno século 19 – quando a presença feminina nesse meio era ainda mais reduzida.
Outra surpresa para mim foi que, embora tenha a ciência como premissa, a obra revela pouquíssimos detalhes sobre a criação de Victor Frankenstein e foca muito mais nas questões emocionais e psicológicas. A ambição humana e a mania de “brincar de Deus” são a base da história de Mary Shelley, assim como a célebre frase “tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”, de O Pequeno Príncipe – muito embora a obra de Antoine de Saint-Exupéry tenha sido escrita muitos anos depois. No entanto, Frankenstein também mostra como a solidão e a crueldade podem transformar até a mais ingênua das criaturas e aborda outros sentimentos extenuantes e perigosos, como a raiva, a sede de vingança e a culpa.
Título original: Frankenstein
Editora: Penguin Companhia
Autor: Mary Shelley
Publicação original: 1818
Olha, eu li Frankestein na escola, mas confesso que não lembro de muita coisa. Na verdade, acho que não lembro de nada. Shame on me!
Eu não sabia que a história tinha sido escrita por uma garota de 18 anos… Muto bacana!
Quem sabe eu não leio de novo no nosso desafio do ano que vem?!
Beijos!
Eu também acho que li na escola, mas foi a versão adaptada e nem lembro se terminei. E você deve ter lido o mesmo livro que eu (um roxinho), porque foi na sétima série, então eu sugiro que você leia esse também hahaha
Beijos
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