[OFF] Surpreendente Rosário

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Viajar nunca foi uma prioridade na minha vida. E continua não sendo. No entanto, depois de conhecer alguns lugares incríveis, viajar se tornou algo que eu gostaria de fazer com frequência. Entre 2012 e 2013, fui para o Chile, para a Argentina duas vezes e para o Uruguai. Em 2014, em compensação, não fui nem pra Praia Grande :( Então, dei meu jeitinho este ano e escapei para Rosário, na Argentina (sim, de novo, amo!), por alguns dias \o/

Rosário não é um dos destinos mais populares do mundo, tanto é que se mostra um pouco defasada em relação ao trato com os turistas – mas, que fique claro, não em infraestrutura. Eu não sabia exatamente o que esperar e fui surpreendida por uma cidade tranquila, mas também super ativa e repleta de espaços e atividades para os moradores – e, consequentemente, para os turistas, que pareceram ser bem poucos. Então, hoje, vou compartilhar com vocês minhas aventuras por Rosário <3

DE SÃO PAULO A ROSÁRIO
Rosário é tão próxima de São Paulo quanto Buenos Aires, mas, por conta da demanda turística, é muito mais difícil encontrar voos – e diretos – para lá. No Decolar.com, só havia opções com uma parada na capital argentina e conexões de até 8 horas. Por isso, decidimos checar o site da TAM e, ainda bem, encontramos voos diretos e com passagens pelo mesmo preço. A viagem de São Paulo até Rosário leva menos de 3 horas e, apesar do voo de ida ter sido tenso por causa de turbulência e pouso arremetido, acredito que, normalmente, seja tranquila.

O HOTEL
Ir para Rosário era um plano para 2014 e que acabou não dando certo. Na época, eu havia pesquisado hotéis e nenhum tinha me agradado de verdade – adoro hotéis, acredito que façam parte da experiência de viajar, e confesso que tenho algumas frescuras. Quando decidimos ir este ano, voltei a pesquisar e, para minha felicidade, descobri que o Esplendor de Rosário (da mesma rede em que fiquei em Montevidéu) havia reaberto. Não pensei duas vezes e fiz a reserva no Booking. Por causa do dólar, a estadia saiu um pouco mais cara do que eu gostaria, mas valeu a pena: o Esplendor Savoy Rosario, assim como todos os hotéis da rede, fica em um prédio antigo da cidade e a decoração é um espetáculo. Confesso que o quarto de Montevidéu era bem mais espaçoso e mais bonito, mas o de Rosário não deixou a desejar.

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O DINHEIRO
Um real está valendo em média 2,80 pesos, mas não se anime demais! Primeiro porque, diferentemente dos estabelecimentos de Buenos Aires, a grande maioria dos de Rosário não troca real e muitos não aceitam cartão de crédito também. Por isso, trocar o dinheiro é imprescindível. Mas a pior notícia é que, ao que parece, se a crise está ruim para nós, está pior para eles. Comprar roupas e sapatos em Rosário, nem pensar! Livros? Também não – um exemplar não sai por menos de, acredite!, R$ 100. Comer ainda é relativamente vantajoso, mas nem sempre – um número no McDonald’s, por exemplo, sai quase R$ 40.

A VIAGEM
Dia 1: Rio Paraná e Monumento a la Bandera
Chegamos a Rosário por volta das 13h, pegamos o táxi para o hotel, encontramos um  lugar para almoçar e voltamos para o quarto para dar uma descansada. Quase no final da tarde, fomos passear à beira do Rio Paraná, que me surpreendeu bastante pela beleza e pelo clima. Era terça-feira, mas o local estava cheio de gente pescando (apesar de ser proibido), fazendo atividades físicas ou simplesmente curtindo a vida. Na Estação Fluvial de Rosário, você encontra alguns restaurantes bem legais e, aos finais de semana, é possível passear de barco.

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Agora, se teve algo que realmente me surpreendeu nesta viagem foi o Monumento a la Bandera. Achei que o local seria uma daquelas atrações que você só se interessa porque está no meio do seu caminho – fica super perto do hotel, aliás. Mas me enganei redondamente! O monumento é simplesmente incrível, além de extremamente grandioso. Nunca fui para Grécia (meu sonho), mas o Monumento a la Bandera me lembrou bastante as construções pelas quais o território grego é famoso. Nesse caso, imagens valem mais do que mil palavras:

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É possível subir no monumento para ter uma visão panorâmica da cidade, mas não achamos que era necessário. Agora, uma coisa que eu queria ter feito e esqueci era voltar no monumento à noite, quando ele fica todo iluminado. Outra dica é ir ao local no final da tarde, quando o céu argentino fica ainda mais espetacular.

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Dia 2: rua Córdoba e arredores
Já havíamos combinado de conhecer o centrinho de Rosário no segundo dia e, como estava chovendo horrores, foi a programação ideal. A rua Córdoba é a rua Florida de Rosário, com direito a calçadão e tudo. Por lá, você encontra shoppings, cafés, restaurantes, livrarias (o El Ateneo da cidade fica lá), a casa de câmbio, lojas de roupas e etc. E, para mim, a grande atração foi a Falabella.

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A Falabella é uma loja de departamentos enorme e cada andar é dedicado a uma categoria – moda, beleza, decoração, eletrônicos, etc. Confesso que nem olhei os produtos e os preços (mas, com certeza, estavam caros, até porque é tudo de marca) porque, desde que vi fotos do interior da loja no Google, me apaixonei pela arquitetura e, especialmente, pela escada. Sim, me apaixonei por uma escada.

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Para jantar, escolhemos o Jekyll & Hyde, um bar/pub pertinho do hotel. A comida não era espetacular (pedimos uma porção de bife à milanesa), mas o ambiente era bem legal e o custo-benefício valeu a pena. Recomendo!

Dia 3: Estádio Marcelo Bielsa e Parque de la Independencia
No terceiro dia, fomos conhecer o Estádio Marcelo Bielsa, do Newell’s Old Boys, um dos motivos que nos levou a Rosário. Escolhemos ir andando e não foi uma caminhada rápida, mas foi bem tranquila e agradável. O estádio em si é super humilde, mas, para quem gosta de futebol e admira o trabalho de Marcelo Bielsa, vale muito a visita! Diferente de La Bombonera, em Buenos Aires, e do Centenário, em Montevidéu, o estádio do Newell’s não tem museu, no entanto, o lado bom é que conhecê-lo por dentro não custa absolutamente nada. A lojinha, em compensação, é super recheada e os preços são justos.

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Depois de conhecer o Estádio Marcelo Bielsa, fomos ao Parque de la Independencia, que fica logo ao lado. O local é uma versão menor, mas não pior, dos Bosques de Palermo, em Buenos Aires, com direito a pedalinhos, restaurantes, food trucks, lago, etc. Como adoro parques (são uma das minhas partes preferidas de viagens), me diverti e tirei várias fotos, hahaha!

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Depois, atravessamos a rua e conhecemos o Jardín Francés, que, como o nome diz, é um espaço inspirado nos famosos jardins da França. Ainda não conheço o país, mas, pelo menos por fotos, o Jardín Francés de Rosário não deixa muito a desejar. É um charme!

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Dia 4: Estádio Gigante Arroyito e Puerto Norte
Depois de conhecer a casa do Newell’s Old Boys, foi a vez de visitar o Gigante de Arroyito, que é o estádio do Rosario Central. Também fomos andando e foi uma loooooooonga caminhada, mas valeu a pena porque, além de conhecer mais da cidade, andamos por toda a “orla” do Rio Paraná, que é repleta de restaurantes, árvores e outras atrações.

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Infelizmente, como era véspera de clássico, não pudemos visitar o interior do Gigante de Arroyito, mas podemos dizer que estivemos lá, haha!

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Durante o caminho para o estádio, passamos por Puerto Norte, um bairro em ascensão em Rosário e que lembra bastante Puerto Madero, em Buenos Aires. Na volta, fizemos uma pausa em um espaço bem bonito e tranquilo e almoçamos num restaurante italiano chamado Benito.

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Dia 5: Parque Urquiza
No penúltimo dia, fomos conhecer mais um parque <3, o Urquiza, que fica bem mais próximo do hotel do que o Parque de la Independencia, mas não é tãããão bonito. Na verdade, o Urquiza parece mais uma super praça no meio da cidade do que um parque, o que não quer dizer que é pior ou ruim, apenas diferente. O espaço parecer ser muito bem aproveitado pelos moradores, que praticam esportes por lá, passeiam com os cachorros ou apenas relaxam debaixo das árvores – que foi o que fizemos!

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DIA 6: almoço de despedida
O sexto dia foi nosso último em Rosário, mas, como nosso voo estava marcado para o final da tarde, ainda tínhamos tempo para um almoço de despedida. Caminhamos até a “orla” do Rio Paraná, onde fica a Estação Fluvial, que oferece duas opções de restaurantes. Escolhemos um deles, nos sentamos à beira do rio e curtimos a bela vista da cidade de Rosário pela última vez <3

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Acho que meu relato e as fotos são provas suficientes de que eu amei conhecer Rosário! A cidade mescla o estilo do bairro de Palermo, em Buenos Aires, com a tranquilidade de Montevidéu e o charme das cidades portuárias (não que eu conheça muitas). E agora que já conheci o que queria pela América do Sul, é hora de alçar voos mais longos :D

Ps: todas as minhas fotos têm o que parece ser um pássaro preto voando em algum ponto da imagem, mas é que a lente do celular estava suja mesmo, hahaha!

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15 comments

  1. Confesso que voltei em todas as fotos pra ver se via o tal “pássaro” voando.. hahahahahha
    Caramba vocês andaram hein?! Que orgulho, eu certeza que no terceiro dia já estaria morta.
    Deveria ter andado de pedalinho para nos contar a experiência tbm kkkkkk
    Um beijo

    • Hahahaha, é tudo o que eu vejo!
      Andamos… sempre andamos. Só omiti o fato de que meu pé sangrou, hahaha! Eu até queria ir no pedalinho, mas tava rolando excursão de escola e tava cheio hahaha
      Beijo

  2. As fotos ficaram muito bonitas, os lugares que você visitou parecem ser maravilhosos… Deve ter sido uma viagem muito agradável!
    PS: não consegui perceber o tal “pássaro preto” ha ha ha
    Beijos

  3. Adorei seu relato!! Nunca havia pensado em Rosário como um destino que iria. Bom, nunca até ler sua história! Acabei de incluir a cidade na minha listinha “Places to go”! ;)

  4. Fiz igual a Rafa e voltei todas as fotos pra ver o tal pássaro. hahahahaha
    Gostei do seu relato e pelas fotos parece ser um lugar lindo msm e frio!
    E eu adoro fazer os trajetos caminhando pra conhecer mais da cidade em que estou!

    Beijos!

    • Hahahahahahaha, devia ter colocado a observação no início do texto!
      Eu também adoro caminhar pelas cidades quando viajo, não tem maneira melhor de conhecer o local e ainda evita possíveis dores de cabeça com transporte público e táxis.
      Beijos

  5. Ameei essa penúltima foto! Da flor (ipê?) rosa!
    Sobre o “pássaro” das fotos! hahahahahahaha lembrei disso!

    Adorei ver as fotos, pq na época tava me sentindo viajando com vocês! hahaha

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