Para “sobreviver” ao Ensino Médio, Greg Gaines aprendeu a se camuflar em qualquer ambiente social. Seu único amigo é Earl, com quem produz filmes inspirados em clássicos e que não mostram para ninguém. No entanto, quando Rachel é diagnosticada com Leucemia, a mãe de Greg pede que ele passe mais tempo com a garota e, então, tudo se transforma: Greg vira o centro das atenções na escola e Earl deixa que Rachel assista aos seus filmes. Quando ela decide parar o tratamento, Greg e Earl resolvem homenageá-la com uma produção, que acaba se transformando no Pior Filme Já Feito.
Me and Earl and the Dying Girl estava nos meus planos de leitura há mais de um ano, depois que o vi em uma lista de “livros parecidos com A Culpa é das Estrelas“, do BuzzFeed. Como a adaptação cinematográfica já estreou nos Estados Unidos, decidi lê-lo logo. E, olha, que decepção! Desde a primeira palavra do livro, Greg faz questão de reforçar que esta não é uma história de amor. E tudo bem não ser – apesar de adorar um romance, valorizo muito tramas em que amor romântico não é o foco. O problema é que, até agora, eu não sei exatamente sobre o que Jesse Andrews quis falar em Me and Earl and the Dying Girl.
Também desde o início, fica bem claro que o livro será regado a humor. E os primeiros capítulos dão a entender que as tiradas de Greg serão apuradas e perspicazes. De repente, não sei bem dizer o que acontece, mas o protagonista passa a exagerar na dose e as piadas se tornam forçadas e totalmente sem graça. E se Greg beira o insuportável, Earl compensa um pouquinho (mas bem pouquinho) com sua personalidade excêntrica e por não ter papas nas línguas. Já Rachel, coitada, apesar de ser o centro da trama, tem pouca participação e mal fala mais do que 10 palavras por diálogo.
Como A Culpa é das Estrelas e principalmente Zac & Mia (que também estava nesta lista do BuzzFeed) são relativamente ricos em detalhes sobre as doenças dos personagens, senti falta do “progresso” da Leucemia de Rachel. E a falta de informação acabou deixando a história superficial, simplória e até menos impactante do que poderia ser.
No Goodreads, Me and Earl and the Dying Girl é bem avaliado e, até agora, eu não consegui entender o porquê – mas, ok, vou respeitar o gosto alheio. Para mim, porém, a obra de Jesse Andrews tem um mérito: reflete muito bem o egocentrismo de Greg, o que torna o livro sem propósito e quase insensível.
Título original: Me and Earl and the Dying Girl
Editora: Fábrica 231
Autor: Jesse Andrews
Publicação original: 2012
*Em 2015, Me and Earl and the Dying Girl foi adaptado ao cinema com roteiro do próprio Jesse Andrews. Nos Estados Unidos, o longa estreou no mês de junho, no Brasil, porém, não tem data prevista para chegar ao cinema.
Cara que decepção! Eu pensei que ia amar esse livro justamente por não ser igual a ACEDE, por não ser piegas tentando contar uma história de amor.
Mas aí, não é história de amor e também não é história de nada, não consegui identificar até agora qual a intenção do livro.
No começo achei Earl besta no sentido de engraçado, mas depois ele perdeu até isso, tornando-se um personagem zero.
Olha, quero assistir o filme, e espero que realmente não seja fiel ao livro, porque se for vai ser mais uma decepção…
Nem vou comentar a parte sobre ACEDE. Mas o resto eu concordo, hahahaha! Pelo trailer, o filme é um pouco mais sensível, mas sei lá, tudo pode mudar!
Nossa esse livro estava na minha lista de desejados mais depois dessa resenha acho que ele vai sair de lá rsrsrs …
Te indiquei em uma tag lá no blog depois da uma olhada :) https://umlivroqueeunaoli.wordpress.com/2015/06/25/tag-complete-a-frase/
Beijos!!!
Eu realmente não recomendo, hahaha! Tem livros que a gente não gosta, mas acha que outros podem gostar, às vezes por uma questão de preferência também. Mas esse não dá! E vou responder a TAG :D
Beijos
[…] Em fevereiro, falei aqui sobre o Desafio de Leitura do qual estou participando em 2015 e, agora, decidi que, como já estamos na metade do ano, chegou a hora de mostrar em que pé está o projeto. Até aqui, preenchi 36 categorias (de 50) e ainda não consegui encaixar três livros (Nunca Mais Rachel, Dark Places e Me and Earl and the Dying Girl). […]