Resenha de A Herdeira (A Seleção #4) – Kiera Cass

PODE CONTER SPOILERS DE A SELEÇÃO, A ELITEA ESCOLHA!

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Vinte anos se passaram desde a Seleção que uniu Maxon e America e, como rei e rainha de Illéa, os dois conseguiram eliminar o sistema de castas e trazer a paz de volta ao país. Agora, Maxon e America têm a responsabilidade de preparar a primogênita, a princesa Eadlyn, para assumir o trono em breve. Aos 18 anos, Eadlyn se dedica ao trabalho em tempo integral, é inteligente, orgulhosa e teimosa ao extremo, além de não ter a menor vontade de se apaixonar e casar. No entanto, quando o povo de Illéa começa a se rebelar contra a monarquia, ela é obrigada a ir contra os seus princípios e ser o centro das atenções de uma nova Seleção.

Assim que a sinopse de A Herdeira foi divulgada, em 2014, eu tive duas preocupações: 1. “encontrar” Maxon quarentão; 2. e ler uma “reprise” dos três livros anteriores. Ok, vamos por partes. Realmente é muito estranho pensar em Maxon e America como adultos com filhos e tudo o mais, mas acredito que Kiera Cass tenha feito um bom trabalho. Nos 20 anos que se passaram, America amadureceu muito e deixou de ser a adolescente cabeça dura que era. Já Maxon manteve todas as características que me me fizeram ser #TeamMaxon para sempre (hehehe), mas com uma aura ainda mais responsável e, agora, paternal.

Há coisas sobre nós mesmos que só aprendemos quando deixamos alguém se aproximar de verdade.

Sobre as semelhanças entre as tramas dos três primeiros livros e A Herdeira, realmente elas existem, mas não foi algo que me incomodou muito, principalmente porque a autora foi capaz de fazer Eadlyn bem diferente da America jovem. Por ter nascido na realeza e ter sido criada com tudo e todos a seu dispor, Eadlyn é mimada e egocêntrica, mas também é muito forte e tem ideias feministas, uma das grandes sacadas de Kiera neste quarto volume da série. A princesa também é bastante tridimensional, assim como America e Maxon eram, e ao mesmo tempo em que se considera poderosa e independente, também se sente subestimada e pressionada, em aspectos profissionais e pessoais, por ser mulher.

Não sei se acredito em destino. Mas posso dizer que às vezes aquilo que você mais deseja vai cruzar sua porta determinado a te evitar a qualquer custo. E, ainda assim, de algum jeito, você descobre que é suficiente para fazê-lo ficar.

Assim como nos três livros anteriores, Kiera peca por não desenvolver assuntos pertinentes e que poderiam resultar em ramificações interessantes, como a própria questão do feminismo/machismo e as facetas da sociedade do espetáculoA Herdeira também deixa um pouco a desejar em relação aos jogos políticos que, nos outros volumes, são bem desenvolvidos com a guerra velada entre America e o rei Clarkson. No entanto, este é um ponto que – espero – ainda pode ser muito bem explorado no próximo livro da série, já que o quarto foca especificamente na Seleção e nas descobertas que Eadlyn faz sobre si mesma.

Desejo que você encontre o amor, Eadlyn. Um amor inconsequente, incansável, que a consuma.

Apesar de não ter grandes novidades em relação aos volumes anteriores e, definitivamente, não contar com personagens (aka Maxon) tão cativantes, A Herdeira vale como uma leitura fluida e agradável, perfeita para passar o tempo sem precisar pensar demais. O desfecho guarda algumas surpresas e deixa o caminho completamente em aberto para o próximo volume.

Título original: The Heir
Editora: Seguinte
Volumes anteriores: 
A Seleção A Elite A EscolhaFelizes para sempre e A Coroa
Autor: Kiera Cass
Publicação original: 
2015
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10 comments

  1. Eu ainda acho que Kiera Cass deveria ter parado na trilogia. Uma vez que fez a cagada, assuma e seja feliz. Mas aí querer consertar e refazer o que já tinha feito antes…
    Não consegui me envolver nesse livro que nem com A seleção, acho que como era tudo igual novamente, só pareceu o mais do mesmo.
    Suplico que melhore no quinto e sexto livro! Porque se não, vou xingar no twitter! hauahuahauhua
    E acho que essa é a capa mais bonita, ou empata com A escolha. Difícil decidir!

    • Eu também acho que ela não deveria ter escrito mais, mas já que está escrevendo e é tão fácil de ler… why not? hahaha
      Sobre a capa… também fico entre essas duas, mas acho que prefiro A Escolha ainda <3

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