Aos 13 anos e já abandonado pelo pai, Theo Decker sobrevive ao trágico acidente que mata sua mãe e, praticamente órfão, é acolhido pela rica família de seu colega de escola, Andy Barbour. Solitário e desorientado, Theo se apega perigosamente a O Pintassilgo, uma pequena e valiosa pintura que simboliza seus últimos momentos ao lado da mãe e que irá guiar toda a sua vida, pelo bem e pelo mal.
Antes de começar a resenha em si, vou ser sincera e dizer que só decidi ler O Pintassilgo para cumprir mais uma categoria do Desafio de Leitura (Um livro vencedor do Prêmio Pulitzer) e, de quebra, sair um pouco mais da zona de conforto – mais uma da minhas metas de 2015. E aqui preciso ser sincera mais uma vez e dizer que não foi uma leitura fácil. Não, O Pintassilgo não é um livro ruim, tampouco chato. No entanto, mesmo sendo contemporânea em todos os aspectos, a obra de Donna Tartt é extremamente densa e conta com uma narrativa rica e super detalhada, seja na descrição de ambientes, na narração de situações ou no aprofundamento emocional dos personagens.
Não escolhemos nosso próprio coração. Não temos como nos forçar a querer o que é bom para nós ou o que é bom para outras pessoas. Não escolhemos ser as pessoas que somos.
Quando estamos tristes – pelo menos eu sou assim – pode ser reconfortante nos apegarmos a objetos familiares, às coisas que não mudam.
Apesar da densidade, O Pintassilgo também é bastante dinâmico, graças aos diversos “mundos”, diferente entre si, mas sempre perturbadores de alguma forma, pelos quais Theo transita durante os mais de 10 anos narrados pelo livro. O mistério é ingrediente constante e permeia as mais de 700 páginas de história por meio de um clímax central e outros pequenos focos de segredos e revelações, que distraem o leitor e enriquecem a trama. E talvez seja esse padrão de “pequenas histórias dentro de uma maior” que faz com que o leitor sinta que tudo e nada acontecem ao mesmo tempo, com direito a reviravoltas completamente plausíveis, porém imprevisíveis. Desde o início, o destino desempenha papel fundamente na história, mas a forma como Donna Tartt conecta absolutamente tudo dentro da trama é simplesmente incrível e inesperada.
Ninguém nunca, jamais, vai conseguir me convencer de que a vida é uma coisa incrível e gratificante. Porque, esta é a verdade: a vida é catástrofe.
Épico. Essa é a palavra que melhor define a leitura de O Pintassilgo. E não só pela quantidade de páginas, mas também (e principalmente) pela maneira como Donna Tartt faz o leitor viajar no tempo e no espaço e se envolver com a história mirabolante de Theo Decker, ao ponto de querer xingá-lo, mas também acolhê-lo, colocar-se em seu lugar e compreendê-lo. No final das contas, O Pintassilgo (que, sim, existe de verdade) deixa de ser apenas a derradeira lembrança de Theo e sua mãe para se tornar uma metáfora poderosa da beleza que a vida e o amor carregam e que os olhos nem sempre são capazes de enxergar.
Título original: The Goldfinch
Editora: Companhia das Letras
Autor: Donna Tartt
Publicação original: 2013
Concordo com tudo o que vc falou, Ná!
E confesso que esse livro me abriu para me aventurar em tramas assim.
Beijos!
Também, Ká!
Já quero ler o vencedor do Pulitzer esse ano!
Beijos
Já está na minha wishlist tbm!!
Estou curiosa para ler…já já chega na minha pilha <3 (acho hahaha)
Apesar de eu ter "prometido" ler outro livro dela antes, lerei o Pintassilgo primeiro mesmo :D Vamos ver se vou amar ou odiar o Theo…hahaha
Beijos!
Oremos, haha!
Olha, o Theo é praticamente uma pessoa real… que você pode amar e odiar ao mesmo tempo, haha! Mas espero que goste do livro e acho que vai gostar mesmo!
Beijos
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