Amber Appleton, a mãe e o cachorro, Bobby Big Boy, estão desabrigados e moram em um ônibus escolar, à margem da miséria. Com apenas 17 anos, a garota já passou por poucas e boas, mas mantém o otimismo incansável e a vontade inabalável de ajudar a todos. No entanto, quando (mais) uma tragédia acontece, Amber vê toda a sua esperança abandoná-la e passa a considerar impossível enfrentar os obstáculos da vida com a graça e energia de antes.
Logo no início de Quase uma rockstar, já damos de cara com as características típicas de Matthew Quick, como o senso de humor apurado, a sensibilidade e a habilidade de tratar assuntos pesados de forma irreverente, mas sempre responsável. A religião, que aparece bastante em Perdão, Leonard Peacock, marca presença também em Quase uma rockstar – já que Amber é católica ferrenha -, de uma maneira que me lembrou bastante de As Aventuras de Pi. Explico: uma das coisas que mais gostei na obra de Yann Martel foi a capacidade de trazer a religião à tona de forma democrática e respeitosa. E Quick consegue o mesmo feito, ao mostrar Deus e a fé como pilares para enfrentar dificuldades, mas não blindagens absolutas.
Não importa quantas provas existam de que a vida não faz sentido, precisamos acreditar que sim, ela faz.
Por que Deus permite que coisas horríveis aconteçam com pessoas boas?
A forma como Amber se comporta e se expressa e, principalmente, as “missões” que ela impõe a si mesma me lembraram bastante de Madison, de Condenada, o que é um ponto positivo, já que gostei bastante da obra de Chuck Palahniuk. A grande diferença entre as duas personagens é que Madison tem o diabo “ao seu lado”, enquanto Amber sempre recorre a JC, como gosta de se referir a Jesus Cristo.
Nós choramos juntos
As razões são diferentes
Mas ajuda muito.
Com personagens cativantes e uma protagonista extremamente inspiradora e tridimensional, Quase uma rockstar é um tapa na cara daqueles que adoram ser os “coitadinhos” de qualquer situação. Com a história de Amber, Matthew Quick é capaz, mais uma vez, de provocar uma esperança redentora, mas nunca cega ou irreal. No entanto, a principal mensagem de Quase uma rockstar é: mesmo quando a vida parece não fazer sentido, quem faz o bem inevitavelmente recebe o bem – ainda que não seja o que lhe é justo, mas o que lhe é possível.
Título original: Sorta Like a Rock Star
Editora: Intrínseca
Autor: Matthew Quick
Publicação original: 2010
Olha, curti e fiquei interessada. Vou deixar na lista para leituras futuras. Dele eu só li O lado bom da vida e gostei bastante e pela sua resenha, acho que vou gostar desse.
Vc riu bastante? Pq até comentei com vc que vi uma mulher lendo no metro e ela estava rindo segurando a gargalhada. Aí fiquei curiosa.
Esse livro é muito amor <3
Olha, eu dei umas risadas altas, sim, porque, apesar de tratar de assuntos sérios desde o começo, é engraçado o jeito da Amber hahaha Mas chega uma hora que são só lágrimas :'(
Fazia tempo que eu não chorava tanto com um livro viu?! E Matthew Quick conseguiu.
Tornou-se o meu preferido dele. A maneira com que ele trata os assuntos pesados e a forma que ele fez com os capítulos mais densos ficassem mais emocionantes, só me fez ama-lo ainda mais!
O melhor de tudo é q você não cria expectativas nenhuma com o enredo, gosto de livro assim, que me cative pelo que é, e não que me faça criar histórias futuras.
=D
Desde Por Lugares Incríveis? Hahaha!
Realmente, não tava com altas expectativas para esse livro (não sei por que) e talvez por isso tenha gostado tanto!
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