Jess é mãe solteira e, para criar o enteado, Nicky, que sofre bullying pesado, e a filha, Tanzie, que é um gênio da matemática, trabalha como faxineira e atendente em um pub. Quando Tanzie recebe uma proposta tentadora, mas que custa muito mais do que Jess tem, ela está disposta a fazer tudo para que o sonho da pequena se torne realidade.
Enquanto isso, Ed é um geek bem-sucedido e endinheirado, que se meteu em um processo judicial e, afastado da empresa, evita o contato com a família, mesmo com o pai em estado terminal. Quando os mundos de Jess e Ed colidem e evidenciam todos os contrastes das vidas dos dois, eles embarcam em uma jornada rumo às Olimpíadas de Matemática, que podem salvar muito mais do que o futuro de Tanzie.
O contraste entre as vidas e os problemas dos pobres e dos ricos é o ponto de partida de Um mais um. A temática é promissora e, com Jojo Moyes no comando, você começa a leitura com a certeza de que os dilemas irão dar um nó em sua cabeça. Pode esquecer. Contrariando todas as estatísticas, a autora não consegue desenvolver a trama de forma envolvente como de costume, tampouco é capaz de realmente colocar a protagonista – e, por consequência, o leitor – “entre a cruz e a espada”.
As coisas que abateriam a maioria das pessoas pareciam não afetá-la. Ou, se ela caísse, logo se levantava. Se tornasse a cair, colava um sorriso no rosto, sacudia a poeira e seguia em frente. Ele nunca conseguia entender se aquilo era a coisa mais heroica ou mais idiota que já vira.
Uma das principais características de Jojo – e uma das minhas preferidas – é a capacidade de narrar a mesma história sob vários pontos de vista diferentes e, na minha opinião, Como eu era antes de você é o que mais evidencia a facilidade da autora no uso do recurso. Em Um mais um, ela repete a fórmula e narra a trama sob as perspectivas de Jess, Ed, Tanzie e Nicky, mas fica longe de explorar os diferentes lados da história com a riqueza de suas outras obras. Também sempre me encantei com a forma como Jojo consegue conectar diferentes épocas e enredos, como em A Última Carta de Amor e A garota que você deixou para trás. Bem, em Um mais um, às vezes, parece faltar a conexão até mesmo entre as personagens que se encontram na mesma situação.
Assim que comecei a leitura, já imaginei qual seria o final – e não porque sou gênio, nada disso. Mas pensei que, em se tratando de Jojo Moyes, os meios poderiam surpreender e justificar os fins. No entanto, isso não acontece. Com personagens pouco cativantes e uma trama superficial, Um mais um é pouco fluido e se arrasta em algumas partes. Gosto da mensagem central do livro, que incentiva a fazer as coisas darem certo a partir do possível e não do ideal. Mas acho que realmente faltou capricho e/ou criatividade da parte de Jojo Moyes para desenvolver a trama de forma brilhante, como sempre fez. Pelo menos, até aqui.
Título original: One Plus One
Editora: Intrínseca
Autor: Jojo Moyes
Publicação original: 2014
Eu nunca li nada da Jojo, então não conheço a escrita dela… Mas depois dessa resenha, esse com certeza vai ficar de fora da lista!
É, não dá para recomendar esse mesmo. Mas não desanime de todos e leia A Última Carta de Amor e Como eu era antes de você, por favooor!
[…] Um Mais Um – Jojo Moyes […]
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[…] como (a “gênia”) Lionel Shriver executou a ideia. Simplesmente perfeita! O pior enredo: Um mais um, Jojo Moyes | Me dói bastante colocar a Jojo nessa categoria, mas é justamente por ela ser tão […]
[…] era antes de você era um stand alone redondo e perfeito. Para agravar ainda mais a situação, Um mais um, o mais recente livro da autora, me decepcionou demais e ficou difícil esperar algo realmente bom […]
[…] você e A Última Carta de Amor. Mas também deve lembrar que Jojo deixou um pouco a desejar com Um mais um e Baía da Esperança. Por isso, não estava super animada para ler Paris para um e outros […]
[…] já escreveu mais dois scripts para o cinema: o de Um mais um e o de Paris para um. E a autora já adiantou que, no filme, o namorado de Nell será ainda […]
[…] eu era antes de você. Admito que A garota que você deixou para trás não me cativou e que Um mais um até me desapontou. Mas também é verdade que poucas obras mexeram comigo como os dois livros […]
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