Aos 9 anos, Bruno não sabe que seu país está em meio a uma guerra e não tem conhecimento sobre o Holocausto – e muito menos que sua família, especialmente o pai, tem participação ativa na questão. Por isso, quando é obrigado a trocar a espaçosa casa em que mora em Berlim por outra muita menor e em um local deserto, onde uma cerca divide a cidade e não há com quem brincar, Bruno fica infeliz. Para se distrair do estranho pressentimento sobre seu novo lar, Bruno decide explorar o local e conhece Shmuel, o menino de pijama listrado que vive do outro lado da cerca. E é por meio da forte amizade com Shmuel que Bruno fica cada vez mais próximo da verdade sobre seu pai e o mundo.
A inocência de Bruno é o grande tempero de O Menino do Pijama Listrado e é o que torna a história, que já tem tudo para ser triste e chocante, ainda mais dolorosa e realista. No entanto, diferente de Liesel Meminger, de A Menina que Roubava Livros, Bruno não é tão maduro e altruísta, muito pelo contrário. Vindo de uma família rica, o garoto não tem noção sobre a dura realidade, se importa com coisas praticamente insignificantes. Mas, há que se dizer, esse é exatamente o grande trunfo do personagem: deixar a ingenuidade transparecer em forma de preocupações fúteis, mas também ser capaz de, ainda que sem entender, se sensibilizar e solidarizar com alguém que vive uma história tão diferente de sua própria.
Por ser um livro pequeno, O Menino do Pijama Listrado foi o escolhido para a estreia do meu projeto de, uma vez por mês, ler um livro em um dia. E, além de ter menos de 200 páginas, a obra de John Boyne também é bastante fluida e surpreendentemente leve, apesar da temática. Quando comecei a lê-la, pensei em alguns finais previsíveis, mas o autor é habilidoso na hora de “manipular” o leitor com falsos clímaxes e plot twists realmente inesperados – inclusive o desfecho. Confesso que esperava me emocionar um pouco mais, mas O Menino do Pijama Listrado cumpre o que promete e é uma ótima pedida para quem gosta da combinação entre histórias fictícias e eventos reais.
Título original: The Boy in the Striped Pyjamas
Editora: Seguinte
Autor: John Boyne
Publicação original: 2006
Você já tinha visto o filme Ná? Não sei dizer se o final é o mesmo haha preciso ler. Ainda estou atrasada ahahahah mas a história é realmente emocionante. Chorei litros no filme T_T Beijo
Não vi, justamente porque queria ler, hehehe. Mas vou assistir em breve e acho que, apesar de não ter chorado no livro, devo chorar no filme. É mais intenso, né?
[…] janeiro, escolhi O Menino do Pijama Listrado, de John Boyne, que sempre quis ler e é pequenininho. Em fevereiro, acabei cumprindo a missão […]
[…] de não ficção, com A Sangue Frio, de Truman Capote; Um livro que você pode ler em um dia, com O Menino do Pijama Listrado, de John Boyne; Um livro que se passa no Ensino Médio, com Por Lugares Incríveis, de Jennifer […]
[…] desafio Janeiro – O Menino do Pijama Listrado, John Boyne Fevereiro – Never Never, Colleen Hoover e Tarryn […]
[…] de vida. Acredito que, por mais que a gente saiba que livros como A Menina que Roubava Livros e O Menino do Pijama Listrado retratem com fidelidade as atrocidades da época, é mais intenso imaginar que tudo o que é […]
[…] O Menino do Pijama Listrado, John Boyne Confesso que esperava mais de O Menino do Pijama Listrado, principalmente pelo que todo mundo fala sobre o livro. Mas foi uma leitura agradável e que, mais uma vez, retrata os absurdos que acometeram os judeus durante a Segunda Guerra Mundial. A diferença entre a obra de John Boyne e as citadas acima é que a história é narrada do ponto de vista de Bruno, o filho de um dos comandantes nazistas, e não por um judeu. […]
[…] O Menino do Pijama Listrado, John Boyne Eu esperava muito mais de O Menino do Pijama Listrado, mas é inegável que o final me pegou completamente de surpresa e fez o livro subir uns pontinhos no meu conceito! Que lição de moral! […]