Os Sinclair são uma família rica, tradicional e obcecada pela perfeição. Todo verão, as três filhas de Harris e Tipper, Carrie, Bess e Penny, levam seus sete filhos para passar as férias na ilha particular de Beechwood, onde cada uma tem uma luxuosa casa. Cadence, Mirren, Johnny e Gat – que não é um Sinclair -, os Mentirosos, são os mais velhos e a amizade entre eles, apesar de existir apenas durante o verão, é forte e leal. E quando a aparente perfeição da família Sinclair é ameaçada, todas as relações são colocadas em cheque. Mas a dos Mentirosos apenas se fortalece e as consequência podem ser revolucionárias ou desastrosas, mas, de qualquer forma, irreversíveis.
Não é à toa que Mentirosos é um dos livros mais comentados do momento e foi eleito o Melhor Young Adult de 2014 pelos leitores do Goodreads: sensível, original e honesta, a obra de E. Lockhart é uma das mais imprevisíveis e surpreendentes que li neste ano – se não a mais. A primeira coisa que me cativou em Mentirosos (além das ilustrações logo no início do livro) foi a escrita da autora: leve, moderna e extremamente fluida, ao mesmo tempo em que é, de certa forma, lírica e rica em analogias e metáforas, que descrevem as situações e personagens de forma bastante peculiar e precisa.
Somos Sinclair.
Ninguém é carente.
Ninguém erra.
Vivemos, pelo menos durante o verão, em uma ilha particular.
Talvez isso seja tudo o que você precisa saber a nosso respeito.
Mentirosos explora basicamente o paradoxo das relações em família e, talvez também por isso, tenha sensibilizado tantos leitores ao redor do mundo. Com a história dos Sinclair, E. Lockhart mostra como, por ser algo tão grandioso, a família é capaz de abrigar as maiores incongruências e contradições, que fazem com que mentiras se tornem verdades e proteção se transforme em destruição. E nesse mesmo ambiente, é possível o surgimento de mais um contraste, um dos principais de Mentirosos: enquanto as irmãs Sinclair mentem e competem pela herança da família, seus filhos, os Mentirosos, são extremamente leais entre si e àquilo que acreditam.
Além da fragilidade e dualidade da relação familiar, Mentirosos reforça que a perfeição realmente não existe e que, quanto mais se insiste em alcançá-la, mais as rachaduras não só aparecem, como também se agravam. E, com Cadence, Gat, Mirren e Johnny, E. Lockhart mostra a dificuldade, quase impossibilidade, de modificar a dinâmica de uma família, por mais destrutiva e equivocada que ela possa ser. Maquiavel dizia que “os fins justificam os meios”, mas para os Mentirosos, os fins não só não justificaram os meios, como tampouco valeram a pena.
Título original: We Were Liars
Editora: Seguinte
Autor: E. Lockhart
Publicação original: 2014
Entrou pro TOP 10 do ano!!
Quero ler tds os livros dela agora. Até os q só tem em inglês, pq sou dessas! kkkkkk
Uma das coisas q mais gostei foram os contos q ela criava fazendo a alusão a própria família, genial.
E o final foi simplesmente sensacional, jamais esperaria.
=D
Meu, como pude esquecer de citar isso? Também achei geniais os contos. Ainda bem que você lembrou!
Como to dividida! Nao sei se leio. Ja vi resenhas boas (acho que a maioria) e resenhas nao boas…
Nao gostei muito do Historico Infame de Frankie… Por isso a duvida sabe.
Eu terminei O historico ontem e amei. Mas posso dizer que ele é menos surpreendente do que Mentirosos. Então acho que voce devia dae uma chance hehe
Siim, acho que no final das contas, darei uma chance ao livro rs
Eba :D
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