Jake Stephens era o típico adolescente invisível e mantinha sua paixão por Amanda Blake, a garota mais popular da escola, em segredo. No entanto, tudo mudou quando Jake e Amanda se transformaram em zumbis ao mesmo tempo e devoraram a maioria dos amigos. Cass, por sua vez, é uma agente secreta do governo e, com seus poderes psíquicos, é capaz de encontrar as criaturas para que elas sejam exterminadas. Mas, apesar de saber exatamente onde estão Jake e Amanda, a agente não consegue entregá-los aos seus superiores. Enquanto Cass tenta descobrir por que não está sendo capaz de realizar seu trabalho como sempre, Jake e Amanda procuram entender o que realmente aconteceu com eles e se há uma forma de reverter a situação.
A primeira coisa que me veio à cabeça assim que comecei a ler Eat, Brains, Love foi Sangue Quente, de Isaac Marion. No entanto, apesar de realmente ter pontos em comum, ao longo da leitura, notei que a obra de Jeff Hart segue também por caminhos distintos, principalmente por narrar a história tanto pelo ponto de vista da “oposição” (Cass), como do zumbi (Jake). O poder psíquico de Cass e a forma como ele é utilizado, aliás, me lembraram também a série Desaparecidos, de Meg Cabot.
Embora seja considerada uma história de terror, Eat, Brains, Love abusa – no bom sentido – do bom humor, com tiradas inteligentes e que realmente fazem rir. E, apesar de ser uma espécie de distopia, com direito à teoria da conspiração, a obra de Jeff Hart também explora bastante a faceta young adult, com uma boa dose de romance e um triângulo amoroso inesperado.
Eu fiquei bastante curiosa para ler Eat, Brains, Love assim que li a sinopse, no entanto, terminei a leitura bastante surpresa. Como disse no começo da resenha, quando percebi que Jeff Hart exploraria o lado “humano” dos zumbis, imaginei que seria como em Sangue Quente, em que o protagonista R se apaixona e, por meio deste sentimento, é trazido, aos poucos, de volta à vida. No entanto, em Eat, Brains, Love, o autor não apenas humaniza os zumbis, como também os retrata como verdadeira vítimas: da situação, da doença e do preconceito.
Na minha opinião, o grande trunfo de Jeff Hart foi fazer com que os zumbis saíssem do mundo da fantasia pura e sem explicação, ao transformá-los em pessoas que foram infectadas por um vírus. O que me faz amar Eat, Brains, Love, mas também me assusta porque talvez seja o mais próximo do que pode realmente acontecer um dia.
Título original: Eat, Brains, Love
Volume seguinte: Undead with Benefits
Autor: Jeff Hart
Publicação original: 2013
[…] aventura que me tirou o fôlego: Eat, Brains, Love, Jeff Hart – como não li nenhum livro de aventura em 2014, escolhi esse, que tem vários […]
[…] Eat, Brains, Love, Jeff Hart Eu gostei bastante de Eat, Brains, Love, um livro divertido sobre o amor entre zumbis, com bastante aventura e uma pitada de distopia. No entanto, não me pergunte o porquê, simplesmente não me animei o suficiente para ler a continuação – Undeads with Benefits -, que nunca entrou na minha lista de futuras leituras. Não descartaria terminá-la futuramente, mas realmente acho que o momento passou. […]