A vida de Marian Caldwell pode parecer o sonho de muitas mulheres: aos 36 anos, ela é produtora de uma série de televisão de sucesso, mora em uma cobertura em Nova York e tem um ótimo namorado – que, por acaso, é o CEO da TV para qual ela trabalha. Mas, quando Kirby Rose, uma menina de 18 anos, bate à sua porta tarde da noite, Marian sabe que o seu mundo, que muitos (inclusive ela) acreditam ser perfeito, pode estar ameaçado. E é nesse momento que ela precisa descobrir se está disposta a admitir, encarar e, o mais importante, reparar os erros do passado.
Em Questões do Coração e Presentes da Vida, ambos companion books de O Noivo da Minha Melhor Amiga, Emily Giffin já havia se mostrado capaz de “interpretar” vários de seus personagens. E em Laços Inseparáveis, a autora apenas confirma essa habilidade, uma vez que a história é contada em primeira pessoa pelos pontos de vista de Marian e Kirby. No entanto, nesta obra, o desafio pode ser considerado maior porque, além da “troca” de personagens, que acontece de um capítulo para outro, Emily precisou escolher bem qual parte deveria ser contada por quem – os ângulos se completam e, pelo que lembro, os fatos não se repetem.
Assim como em Ame o que é seu, em Laços Inseparáveis Emily fala sobre descobertas pessoais, passado, redenção e pessoas às quais pertencemos, que são, de alguma forma, o nosso lar. Neste livro, Kirby é uma menina deslocada que precisa encontrar seu verdadeiro eu para evoluir e achar o seu lugar; e Marian é uma mulher que, apesar de bem-sucedida, tem muitas questões mal-resolvidas escondidas em si mesma e precisa resolvê-las para que sua vida deixe de ser perfeita e passe a ser correta.
É muito difícil falar muito sobre Laços Inseparáveis sem entregar alguns pontos, então vou me contentar em dizer que o que mais me agradou na obra é o “pé no chão”. Claro que a história em si não pode ser de chamada de comum, mas o seu desenrolar é perfeitamente possível e dentro da realidade, como todas as tramas criadas por Emily. Por isso, uma vez mergulhada no contexto, é fácil entender o que Marian e Kirby pensam e sentem – mesmo que a maioria de nós dificilmente vá passar por uma situação como essa.
Além disso, o ritmo da história é perfeito, mantendo os níveis de mistério sem deixar cair no tédio. Sobre o final, você provavelmente irá cogitar diversos desfechos e é bem possível que o verdadeiro fim esteja entre suas apostas. No entanto, ele acontece de forma natural, o que o torna justo e plausível, mas sem perder aquele toque especial.
Título original: Where we belong
Editora: Novo Conceito
Autor: Emily Giffin
Publicação original: 2012
Oii!
Gostei muito da sua resenha! Todo mundo fala muito bem dos livros da Emily, e eu tenho exatamente esse na minha estante só esperando para ser lido.
Estou com grandes expectativas sobre essa história e, com a sua resenha, fiquei ainda mais empolgada para ler!
Quando conseguir lê-lo te conto o que achei!
Beijos!
http://www.meuqueridolivro.com
Esse é o livro que menos gosto da Emily, mas, mesmo assim, gosto muito e recomendo 😉
Beijos
[…] sob pontos de vista diferentes – a autora usa o recurso em Questões do Coração e Laços Inseparáveis -, no companion book de O Noivo da Minha Melhor Amiga, ela se supera. Afinal, quão arriscado é […]
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