Resenha de Vaclav & Lena – Haley Tanner

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Filhos de imigrantes russos nos Estados Unidos, Vaclav e Lena se conheceram aos 6 anos e, apesar das diferenças, se tornaram melhores amigos. Ele é superprotegido, inteligente, sociável e viciado em mágica, enquanto ela é quieta demais, tem dificuldades com o inglês e vem de uma família completamente desestruturada. Rasia, a mãe de Vaclav, é o ponto de união entre ele e Lena, já que, além de cuidar do filho, ela se preocupa também com a garota, cujo passado é misterioso e obscuro. Certo dia, após apresentar comportamento estranho, Lena não vai à escola e Vaclav fica preocupado. O que ele não sabe é aquele é apenas o primeiro de muitos dias em que sua vida não terá mais Lena.

Vaclav & Lena é narrado em terceira pessoa, sob o ponto de vista dos protagonistas e também de Rasia, e separado em quatro partes: Juntos; Separados: Vaclav; Separados: Lena; Juntos outra vez. Com uma narrativa direta, mas ao mesmo tempo detalhada e profunda, Haley Tanner mostra mais do que as vidas de Vaclav e Lena: a autora consegue traçar as personalidades de ambos e evidenciar as diferenças entre eles, sem distanciar um personagem do outro – pelo contrário.

Não se pode voltar atrás quando se sabe uma coisa porque, daí em diante, você saberá aquilo sempre.

O que mais me cativou no livro foi o contraste entre a inocência infantil de Vaclav e a responsabilidade quase adulta que ele sente sobre Lena, além da delicadeza dos sentimentos das personagens e a brutalidade dos fatos. Os pontos de vista de Rasia também me emocionaram em vários momentos, pois acredito que retratem bem algumas facetas do que é ser mãe. O final metafórico fica em aberto e é ideal para o “desfecho” da história de Vaclav e Lena.

Título original: Vaclav & Lena
Editora: Intrínseca
Autor: Haley Tanner
Publicação original: 2012

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2 comments

  1. Gostei muito dessa “montanha-russa” de emoções. No início, como falamos, achei bem infantil e bobinho, mas depois que começaram a entrar as questões do abandono da Lena e dessa busca por significado, as coisas foram ficando mais interessantes. Confesso que me emocionei bastante com a história dos pais da Lena e a atitude do Vaclav com relação ao que ele sabia. É aquela coisa né, nem tudo são flores, mas a gente pode viver sofrendo por isso ou reformular a própria história. Algumas mentirinhas internas, se nos impulsionam a ser melhores, são bem-vindas. Gostei bastante (E não brigue porque demorei 1 século pra ler :P)

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