Ezra Faulkner representava a figura do garoto perfeito: popular e esportista, era tudo o que todos sempre esperavam que fosse. No entanto, após um grave acidente de carro, ele tem o joelho destruído e passa a depender de uma bengala. Sentindo-se humilhado e deslocado, Ezra se afasta do grupo dos populares com quem andava antes e, assim, não apenas se reaproxima do amigo de infância, o nerd Toby, como também conhece a excêntrica e charmosa Cassidy Thorpe. E é quando o ex-garoto exemplar descobre que sua vida após a tragédia talvez possa ser melhor do que era antes.
Eu quis ler O Começo de Tudo assim que soube que havia sido eleito um dos melhores livros de Young Adult de 2013, ao lado de outros como Eleanor & Park, Convergente e This is What Happy Looks Like. Por isso, gerei uma enorme expectativa que, lamento informar, não chegou nem perto de ser atendida. O primeiro capítulo do livro de Robyn Schneider é daqueles que fazem o queixo cair. O problema é que você passa o resto da história esperando por um trecho tão incrível quanto e ele nunca aparece.
Ainda acho que a vida – independentemente do quão comum seja – de qualquer pessoa tem um ponto trágico e único, depois do qual tudo o que é realmente importante vai acontecer. Esse momento representa o catalisador, o primeiro passo da equação. Mas conhecê-lo não leva a nada, pois o resultado é determinado por aquilo que vem depois.
A forma despretensiosa, bem-humorada, mas, ao mesmo tempo, amarga com que Ezra lida com sua tragédia pessoal me chamou a atenção e me lembrou o jeito de Hazel Grace, de A Culpa é das Estrelas. No entanto, as semelhanças acabam por aí, já que a autora escolheu ambientar sua história no cenário escolar, com o eterno embate entre nerds e populares. Mas, verdade seja dita, em vez de cair no clichê, Schneider preferiu explorar o fato de Ezra não se sentir mais como o garoto “perfeito” que era antes, em vez do bullying e preconceito por conta de sua nova condição.
O Começo de Tudo parece uma mistura entre Cidades de Papel e Quem é você, Alasca?, mas sem as partes incríveis das duas obras de John Green. Talvez porque ambas as tramas contem com as problemáticas, porém encantadoras, Margo Roth Spiegelman e Alasca Young, que parecem ter servido de inspiração para Cassidy Thorpe. Outro ponto em comum entre as três personagens são as excentricidades e os mistérios que rondam suas vidas. Além disso, alguns questionamentos de O Começo de Tudo são bastante parecidos com as reflexões das obras de John Green, e nem sempre de uma forma completamente positiva. Talvez eu esteja exagerando, mas, para mim, ficaram bem claras as semelhanças.
O Começo de Tudo tem uma premissa interessante, no entanto, após o primeiro capítulo arrebatador, perde o ritmo e parece que absolutamente nada acontece até a página 200 (o livro tem 285). Então, vem um plot twist promissor, que é anulado por mais páginas de pouca história. O desfecho tem, sim, suas surpresas, mas o livro, no geral, é bem fraco, ainda mais se comparado às expectativas. No final, a mensagem que fica é que as pessoas nem sempre são o que esperamos, e vice-versa.
Título original: The Beginning of Everything
Editora: Novo Conceito
Autor: Robyn Schneider
Publicação original: 2013
Oi, Ná!!
Esse livro realmente foi uma grande decepção… Mas a minha comparação foi com Teorema Katherine: chato até chegar ao final, quando dá uma melhoradinha.
Eu achei legal essa parte que ele escolheu se afastar msm qdo os amigos populares ainda queriam ele por perto. Realmente saiu do clichê.
Eu dei 3 estrelas pelas referências a Harry Potter, mas só. Pela história mesmo tbm daria 2.
E que venham leituras melhores, pq tá difícil, hein?!
Oi Nádia, é uma pena quando o livro promete muito e não cumpre, sempre gera essa frustração. Talvez por isso este livro não tenha sido tão bom, mas isso pode não ser do mesmo modo para outras pessoas. Não tenho grande curiosidade com o livro, mas essa resenha foi mais desanimada do que esperava.
Beijos
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