Resenha de A Lua de Mel – Sophie Kinsella

Lottie Graveney tem certeza de que seu namorado, Richard, irá pedi-la em casamento durante um “almoço especial”. No entanto, nem tudo corre como o esperado e ela acaba terminando o relacionamento. Fliss, a irmã mais velha de Lottie, sabe como ela fica impulsiva em situações como esta e tenta evitar o que chama de Escolhas Infelizes. Apesar de todos os esforços, Fliss não consegue impedir que Lottie se case com Ben, um amor do passado, apenas duas semanas após o término com Richard. Inconformada, ela faz planos para que a irmã caia na real antes mesmo de voltar da lua de mel.

Lottie é mais uma das personagens típicas de Sophie Kinsella: ansiosa, precipitada e, por vezes, uma perfeita adolescente – só que com mais de 30 anos. Fliss, no entanto, é o oposto. Responsável, racional e um pouquinho controladora, ela irá fazer tudo o que puder para impedir que a irmã mais nova passe por conflitos pelos quais ela mesma está enfrentando, como, por exemplo, cuidar de um filho durante um divórcio conturbado. Mas, talvez, Fliss não perceba que poupar Lottie de certas experiências não seja o melhor caminho.

A Lua de Mel é narrado em primeira pessoa por Lottie e Fliss, o que, como sempre, garante dinamismo à obra. As duas protagonistas são divertidas, cada uma à sua maneira, e piadas no melhor estilo Sophie Kinsella não faltam, assim como algumas situações mirabolantes e até forçadas. Apesar de ter gostado do livro, reitero as críticas que fiz à Sophie quando li Fiquei com o seu número: mais uma vez, a autora parece repetir estereótipos de suas próprias personagens e usar criatividade demais em algumas situações. No entanto, o grande ponto positivo de A Lua de Mel é o recurso de narrar a história sob o ponto de vista das duas irmãs. Fliss é muito diferente de Lottie – logo, é diferente de todas as outras protagonistas de Sophie – e pode-se dizer que ela salva a trama, sem deixar de lado o senso de humor e as questões com as quais qualquer leitora pode se identificar.

Mas, no fim, o romance não é o principal foco de A Lua de Mel. A história de amor da trama acontece mesmo entre as irmãs, que, apesar de muito diferentes e distantes geograficamente, acabam passando por momentos de descobertas pessoais ao mesmo tempo: Fliss com o filho, Noah, o divórcio e a mania de querer proteger a irmã de tudo; e Lottie com a impulsividade e os dilemas do casamento. A Lua de Mel é, na verdade, uma jornada sobre conhecer a si mesmo e, o mais importante, reconhecer os próprios defeitos.

Título original: Wedding Night
Editora: Record
Autor: Sophie Kinsella
Publicação original: 2013

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4 comments

  1. Eu idolatro Sophie… Sophie é Sophie!
    Melhor personagem do livro: Noah! Definitivamente esse passou na frente de alguns livros dela.
    Eu estou escrevendo frases quebradas. Isso é culpa da Sophie, pq eu gosto tanto dos chick-lits dela q não sei me expressar… ahuahuahuha
    Ah e gostei mais da Fliss, acho q por influência do Noah, quem sabe?
    Parei por aqui, não vou ficar divagando…

    Bjo

  2. […] A Lua de Mel, Sophie Kinsella: tenho vontade de conhecer a Grécia desde pequena – era um dos meus destinos de Lua de Mel naquelas brincadeiras de menina, sabe? Então é óbvio que o fato de A Lua de Mel se passar no país só me deixou com mais vontade de conhecê-lo. No entanto, eu sonho em conhecer Santorini e a história de Sophie Kinsella se passa em Ikonos (que eu não consegui descobrir se é uma ilha ficcional ou se é a ilha de Mykonos). […]

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