Li Um Dia, em 2011, meses antes de a adaptação estrear nos cinemas. Os trailers me deixaram animada para a versão cinematográficas, pois pareciam ser extremamente fiéis à obra original. No entanto, depois de algumas experiências não tão bem-sucedidas com adaptações, tentei não criar expectativas demais sobre o longa. A boa notícia é que acabei sendo surpreendida.
Jim Sturgess era exatamente o que eu imagina para Dexter e o ator encarnou perfeitamente a personagem, não deixando nada a desejar. Já a Anne Hathaway não era a minha Emma ideal. Mas a caracterização também foi perfeita e a atriz, como de costume, não me desapontou: personificou Emma de forma incrível, em todos os sentidos. Muito se falou – ou melhor, criticou – sobre o sotaque britânico de Anne. A minha opinião é que ele não é perfeito como o de Renée Zellweger em O Diário de Bridget Jones, mas também não chega a ser péssimo, como alguns o classificaram.
Sobre o filme em si: algumas partes do longa eram tão fiéis ao livro que até parecia que eu já havia visto aquelas cenas. Muitos diálogos e frases foram mantidos como na obra original e o melhor é que me trouxeram as mesmas sensações que a leitura – o que acho sensacional. As tiradas sarcásticas, principalmente da parte de Emma, também foram mantidas com fidelidade e, devo confessar, ficaram ainda melhores no filme.
Ainda falando sobre a fidelidade, que realmente me impressionou, não houve personagens ou acontecimentos (importantes) esquecidos, criados ou transferidos. Lone Scherfig trabalhou exatamente com aquilo que o livro oferecia e fez com que tudo funcionasse. Claro que muitas coisas que acontecem no livro foram deixadas para trás, por causa daquela questão de duração que já conhecemos. Mas essa seleção do que seria deixado de lado foi muito bem feita e a história e principalmente o significado dela não se perderam em nenhum momento. Acho que isso tem muito a ver com o fato do próprio autor ter adaptado o roteiro para as telonas, mas o mérito também é da diretora. Além dessas pequenas adaptações, a única diferença do filme em relação ao livro é a inclusão do ano de 2011 que, apesar de não ser algo necessário, foi pertinente.
Outro ponto que achei interessantíssimo foi a forma como Scherfig conseguiu transferir o mesmo clima nostálgico/melancólico da obra original para o longa. Como eu já havia lido o livro, é difícil afirmar com certeza, mas tenho a sensação de que a diretora também foi capaz de manter o suspense até o desfecho, assim como na obra original. A história de Um Dia não é exatamente a mais inédita do mundo, assim como a lição que transmite. O que diferencia a obra de David Nicholls, no entanto, é a forma como a história é contada. E o mérito da versão cinematográfica é justamente ter feito com que o mesmo estilo de narrativa funcionasse além do papel.
Como um simples filme, eu diria que Um Dia está até um pouco acima dos padrões – apesar de ser suspeita para fazer essa afirmação. Como adaptação, no entanto, posso dizer que é simplesmente perfeita.
Título original: One Day
Diretor: Lone Scherfig
Ano: 2011
Minutos: 107
Elenco: Anne Hathaway e Jim Sturgess
Avaliação: 5 estrelas
Ahhhh sim, o filme é arrebatador! Mas, para mim, o livro foi muito mais triste! não sei se porque já tinha assistido o filme antes, só sei que o filme foi um pouco mais alegre, talvez porque ela disfarçasse o tempo td que estava contente com a amizade dele, n sei…mas ambos me fizeram chorar! Agora tenho um comentário sobre adaptações! Vou ali no post e já volto rs
Preciso assistir o filme. O livro foi um dos melhores que li no anterior. Apesar de muitas pessoas não term gostado, eu achei ótimo.
Blog Prefácio
[…] **Leia a resenha do filme aqui! […]
[…] pelo sucesso de A Culpa é das Estrelas enquanto adaptação. Assim como Lone Scherfig em Um Dia, Boone captou todos os detalhes da atmosfera única do livro e os levou para a tela com […]
[…] um lugar especial na minha estante. No entanto, o best-seller de David Nicholls, que virou filme com Anne Hathaway e Jim Sturgess, é muito mais do que isso: com uma narrativa epistolar incrível, […]
[…] Um Dia Um Dia, de David Nicholls, é um dos meus livros favoritos da vida, então, imagina meu medo antes de assistir ao filme? Para o meu alívio, a adaptação é, na maior parte do tempo, fiel e, o mais importante, traz a emoção aquele clima de nostalgia, que é uma das características que mais me marcaram ao ler o livro. […]
[…] Fonte: Além do Livro […]