Lou Suffern é aquele tipo de homem bem-sucedido que não dá nenhum valor à família. Só pensa em trabalho, não se arrepende de trair a mulher, não faz questão de estar com os filhos, ignora os pais e irmãos e raramente comparece aos eventos familiares. Quando conhece Gabe, um mendigo que fica em frente ao prédio onde trabalha e parece saber mais do que deveria, Lou o contrata pensando nas informações privilegiadas a que terá acesso. Mas o ex-mendigo passa de um simples empregado a uma presença constante e perturbadora em sua vida. Apesar de incomodado, Lou segue alguns conselhos e truques de Gabe e passa a conhecer outra faceta da vida. Mas o fato de não saber quem – ou o que – o ex-mendigo é exatamente pode tirá-lo do sério.
O início de O Presente é envolvido por diversos mistérios e fatos intrigantes, e a narrativa não-linear traz dinamismo à história, ao mesmo tempo em que aumenta a curiosidade do leitor. A obra de Cecelia Ahern fica sobre uma linha tênue entre o romance e a autoajuda e, em alguns momentos, a autora acaba excedendo a dose e exagerando um pouco nas lições de moral. Mesmo assim, o leitor que não é muito fã dos sermões pode manter-se firme e forte na leitura por conta da grande curiosidade que a história gera, principalmente em relação a Gabe.
Quando comecei a ler O Presente, tive a impressão de que o livro de Cecelia Ahern era um clichê repaginado. E é, mas apenas até certo ponto. No final, a autora parece cair em todos os lugares-comuns de que tentou fugir durante toda a obra. Mesmo assim, dizer que O Presente perde o ritmo é mentir: um pouco antes do grand finale, o livro emociona como poucos. Mas o desfecho em si deixa muito a desejar, não só pela moral da história batida, mas, principalmente, por não desvendar a maior parte dos mistérios, que é o que motiva a leitura em grande parte, e pela falta de amarração entre alguns fatos que pareciam determinantes.
Título original: The Gift
Editora: Novo Conceito
Autor: Cecelia Ahern
Publicação original: 2010
Oi Nádia, eu gostei bastante do livro, e não achei que o final não revelou o mistério, apenas não ficou explícito. Também não me incomodei com as lições de moral, achei que elas se encaixavam à história, e por isso não dei muita bola. Não é nenhuma história fantástica, mas é boa.
Beijos
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