Resenha de Insaciável – Meg Cabot

Meena Harper é uma paranormal, cujo dom é saber como as pessoas irão morrer. Ela costuma avisar sobre as mortes iminentes, o que geralmente só leva as “vítimas” a pensarem que a moça é louca – algo com o que ela já está acostumada. Além de paranormal, Meena é também roteirista de Insaciável, uma novela de grande sucesso que está no ar há muitos anos. No entanto, ultimamente, o programa está perdendo audiência para Luxúria, a novela concorrente, que está investindo na temática dos vampiros. Por conta disso, os chefes de Meena querem que ela insira as criaturas “da moda” em suas histórias. Acontece que a roteirista não tem muita simpatia por vampiros, além de simplesmente não acreditar que eles existam. Mas tudo pode mudar quando Meena conhecer e se apaixonar por um. E é aí que realmente começa a aventura.

Insaciável foi o primeiro livro sobre vampiros que li. Confesso que estava meio relutante no começo, mas as piadinhas de Meg Cabot em relação à imagem demasiadamente romântica que algumas pessoas têm em relação aos vampiros me animou um pouco. Pode ser detalhe bobo, mas o deboche na medida certa mostrou que ela, assim como eu, não leva os vampiros tão a sério e isso, ironicamente, me motivou a deixar o preconceito de lado de uma vez por todas e entrar no clima.

A história demora um pouco para engrenar, por isso, é preciso ter paciência. Mas as delongas têm espaço por uma boa causa: diferente da maioria dos livros de Meg, Insaciável é narrado em 3ª pessoa e conta os fatos sob a perspectiva de três personagens diferentes: Meena, Lucien (o vampiro) e Alaric (o caça-vampiros). A revelação dos diferente pontos de vista torna a história mais complexa, sim, mas também mais rica e envolvente – o que é perfeito. Como de costume, gostei da forma como Meg amarrou os fatos da trama, de forma coerente, e trouxe à tona as surpresas.

Outra coisa que me chamou a atenção foi a contextualização de toda a história. No livro, Meg cita Vlad Tepes, que foi o Príncipe da Valáquia, uma província da Romênia. Na trama, ele é um vampiro legítimo e também o pai de Lucien. Vlad Tepes (versão romena para Vlad, o Empalador) realmente existiu, mas não era exatamente um vampiro. No entanto, suas cruéis técnicas de tortura serviram de inspiração para que Bram Stoker criasse o Drácula. De qualquer forma, a Meg explica tudo direitinho ao final do livro.

Apesar de o tema vampiros estar longe de ser o meu preferido, Insaciável me cativou, ainda que depois de um breve momento de relutância. Achei a história interessante e muito bem contextualizada – com certeza rolou um belo trabalho de pesquisa -, com o ritmo Meg Cabot de ser.

Título original: Insatiable
Editora: Galera Record
Volume seguinte: Mordida
Autora: Meg Cabot
Publicação original: 2010

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5 comments

  1. […] Li os seis livros de A Mediadora em 2006 e, desde então, é uma das minhas sagas favoritas. Hoje, depois de ler tantas obras de Meg Cabot, é possível ver que Suzannah Simon é, na verdade, a modelo da maioria das outras personagens da autora, principalmente as de “aventura”, como Emmerson Watts, da série Cabeça de Vento, e Jessica Mastriani, de Desaparecidos. Mas, de alguma forma, as doses de improbabilidade e heroísmo (tanto da protagonista, quanto do seu par romântico) de A Mediadora estão na medida certa, o que não acontece em outras sagas, como Insaciável. […]

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