Juliette Ferrars é uma adolescente de 17 anos que nasceu com um dom uma maldição que a torna capaz de matar pessoas com um simples toque. Por ser considerada uma aberração pela própria família, a garota foi encaminhada a um hospício, onde não tem contato algum com o mundo externo ou outras pessoas. Até que Warner, o líder do setor 45, a resgata e promete uma vida que não deixará nada a desejar, desde que ela trabalhe ao lado dele n’O Restabelecimento. Juliette não sabe no que o mundo que ela conhecia se transformou, mas tem certeza de que não quer torturar pessoas ao lado de Warner. Só que sua liberdade pode custar caro.
Em Estilhaça-me, Tahereh Mafi não contextualiza a história de forma objetiva em momento algum. A narrativa é não-linear e, para saber mais sobre Juliette, é preciso conectar suas memórias e desabafos aos acontecimentos do presente. O recurso torna a leitura mais atrativa, pois a tensão é constante e a curiosidade só aumenta.
A Lua é uma companheira correta. Ela nunca se vai. Está sempre lá, observando, constante, reconhecendo-nos em nossos momentos de luz e escuridão, em constante transformação, assim como nós. Todos os dias uma versão diferente dela mesma. Às vezes fraca e lívida, noutras forte e cheia de luz. A Lua compreende o significado de ser humano. Inconstante. Solitária. Esburacada de imperfeições.
Estilhaça-me narra o início de um novo regime que promete salvar a humanidade e, ao contrário de Lena Haloway (de Delírio) e Katniss Everdeen (de Jogos Vorazes), Juliette não nasceu com o sistema em vigor e, depois de tantos anos sem contato com o mundo exterior, precisa aprender como tudo funciona e se adaptar. No entanto, a vida ao lado de Warner não será a forma mais adequada de passar por esse processo.
Os capítulos curtos e os diálogos ácidos mantêm a leitura bastante dinâmica. O tom de Juliette é doentio em alguns momentos, o que ajuda a reforçar o sentimento de solidão e o esforço para manter-se sã. A autora conta ainda com o rescurso gráfico de riscar palavras e frases, evidenciando a confusão de Juliette e sua luta interna. O final de Estilhaça-me me fez lembrar de X-Men e, totalmente indefinido, deixa todas as possibilidades em aberto para a continuação, Liberta-me.
Título original: Shatter Me
Editora: Novo Conceito
Volumes seguintes: Liberta-me e Ignite Me
Autor: Tahereh Mafi
Publicação original: 2012
DESTRUA-ME
Destrua-me é uma short story da saga de Tahereh Mafi e deve ser lida entre Estilhaça-me e Liberta-me. O livro traz a versão de Warner, o vilão da trama, e talvez mude a opinião que você já formou sobre a história ao ler o primeiro volume da série.
Título original: Destroy Me
Volume anterior: Estilhaça-me
Volumes seguintes: Liberta-me e Ignite Me
Autor: Tahereh Mafi
Publicação original: 2012
[…] Estilhaça-me, de Tahereh Mafi: Estilhaça-me é uma distopia, mas gira mais em torno das questões da protagonista, Juliette Ferrars, que pode matar pessoas com um simples toque. No entanto, a obra de Tahereh Mafi, que é o primeiro volume da trilogia, retrata um momento diferente de outras distopias: enquanto em Delírio, Jogos Vorazes e Divergente, as protagonistas já nascem em um mundo distópico, em Estilhaça-me, Juliette faz parte da geração que irá acatar ou se rebelar contra o sistema que promete salvar a humanidade. […]
[…] 4. Estilhaça-me Título original: Shatter Me Autor: Tahereh Mafi Ano: 2012 Páginas: 302 Tempo de leitura: 5 dias Avaliação: 3 estrelas Leia a resenha aqui! […]
[…] o significado de ser humano. Inconstante. Solitária. Esburacada de imperfeições” – Estilhaça-me, de Tahereh […]
[…] para ler – ou que nem sei se quero mesmo ler, como Liberta-me, a continuação de Estilhaça-me – ou que estão sempre caros demais para o meu gosto – como Tamanho 42 e pronta para […]